Fibromialgia

correção clínica, laboratorial e eletromiográfica

Autores/as

  • José Paulo Provenza

Palabras clave:

hiperalgesia, depressão, fibromialgia, doenças reumaticas

Resumen

Foram estudados 50 pacientes que apresentavam o diagnóstico clínico de fibromialgia, segundo os critérios do Colégio Americano de Reumatologia 1990, com os seguintes objetivos: 1) Verificar a frequência dos diversos sintomas clínicos neste grupo, comparando-os com o da literatura. 2) Verificar a presença de sintomas depressivos no momento do exame clínico, através do questionário para a depressão de Beck. 3) Verificar através dos exames laboratoriais (hemograma, fator antinuclear, eletroforese de proteínas sérica, transaminase (oxalacética e pirúvica), creatino-fosfoquinase e desidrogenase lática), a existência ou não de enfermidades concomitantes ou sinais de agressão inflamatória muscular. 4) Verificar, através da eletromiografia, a existência ou não de sinais de denervação aguda ou crónica e/ou sinais de um processo miopático ou miosítico. Neste grupo houve um predomínio do sexo feminino (90%), faixa etária 30 a 60 anos (80%), cor branca (80%) e o tempo da doença de até 90 meses (78%), estas frequências estavam de acordo com a literatura. Todos os sintomas gerais, como aqueles agravados pela: atividade física, alteração do clima, ansiedade/estresse, alteração do sono, fadiga, cefaléia crónica, síndrome do cólon irritável, turgore dormência nas extremidades, encontravam-se com uma frequência elevada se assemelhando aos da literatura, exceto os sintomas referentes ao cólon irritável encontrado somente em 4% dos pacientes. A média de pontos doloridos (9,4 +/- 3, I pontos) e a frequência de acometimento das diversas regiões estavam de acordo com a literatura, com um predomínio para as regiões lombar, cervical e ombros. Os sintomas depressivos, detectados em 50% dos pacientes, não foram suficientes para determinar uma maior sensibilidade dolorida e maior frequência dos sintomas clínicos gerais. Os exames laboratoriais estavam normais, sem qualquer alteração que pudesse sugerir um envolvimento muscular inflamatório ou auto imune. A eletromiografia não demonstrou alterações elétricas como: denervação, alteração miopáticas ou miosíticas, mas em 56,4% dos pacientes foi observada uma grande dificuldade para o relaxamento muscular, o que em parte dificulta a interpretação dos laudos da eletromiografia que será objeto de estudos posteriormente.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

ATRA, E. O laboratório em reumatologia. In: GUIMARÃES, R.x., CAMPOS GUERRA, C.C. Clínica e laboratório. 2.ed. São Paulo: Sarvier, 1978. v.1: p. 517-573.

BECK, A. T. et al. An inventory for measuring depression. Arch of Gen Psychiatry, Chicago, v.4, p.53-63, 1961.

BENGTSSON, A., JORFELDT, L. Primary fibromyalgia: a clinical and laboratory study of55 patients. Scand J R heumatol, Stockholm, v.15, p.340-347, 1986.

CAMPBELL, S.M., CLARK, S., TINDALL, E.A. The clinical characteristics of fibrositis. I.A "blinded" controlled study of symptoms and tender points. Arthritis Rheum, Atlanta, v.26, p.817-824, 1983.

DEXTER, J.R, SIMON, D.S. Local twitch response in human muscle evoked by palpation and needle penetration of trigger point. Arch Phys Med Rehabil, Chicago, v.62, p.521, 1981.

FRICTION, J.R., KROENING, R., HALEY, D. Myofascial pain syndrome of the head and neck: a review of the clinical characteristic of 164 patients. Oral Surg Oral Med Oral Pathol, St. Louis, v.60, p.615, 1985.

FRICTION, J.R., AUVINEN, M.D., DYSKTRA, D. Myofascial pain syndrome: electromyographic changes associated with local twitch response. Arch Phys Med Rehabil, Chicago, v.66, p.314, 1985.

GOWER, W.R. Lumbago: It's lessons and analogues. BrMedJ, London, v.1, p.117-121, 1904.

HENCH, P.S. The problem of rheumatism and arthritis. Ann Intern Med, Philadelphia, v. 10, p.880, 1936.

KRAFT, G.H., JOHNSON, E.W., LABAN, M.M. The fibrositis syndrome. Arch Phys Med Rehabil, Chicago, v.49, p. 155-162, 1968.

KRAUS, H. Trigger points. NY State J Med, Lake Success, v.73, p. 1310-1314, 1973.

LEAVITT, F., KATZ, R.s., GOLDEN, H.E. Comparison of pain properties in fibromyalgia patients and Rheumatoid arthritis patientsurthritis Rheum, Atlanta, v.29, p.775-781, 1986.

MATOS, E.G., KARNIOL, I.G., PIEDRABUENA, A.R. Sintomatologia depressiva em pacientes Alcoólatras internados .J Bras Psiq, Rio de Janeiro, v.33, n.2, p. 123-126, 1984.

OSLER, W. The principles and practice of medicine. D Applen-Ton and Co, New York : London, v.7, p.396, 1909.

REYNOLDS, M.D. The development of the concept of fibrositis. J Hist Med Allied Sci, New Haven, v.38, p.5-35, 1975.

SIMONS, D.G. Muscle pain syndromes. Am J Phys Med, Baltimore, v.54, p.289-311, 1975.

SMORTO, M.P., BASMAJIAN, J.V.E1etrodiagnosis: a handbook for neurologists. Maryland: Harper & Row, 1977. p.9-23.

SMYTHE, H.A. No articular rheumatism and the fibrositis syndrome. In: HOLLANDER, J.L., MCCARTY, D.J. Arthritis and allied londitions. 10. ed. Philadelphia: Les & Febiger, 1972. v.8: p.874-884.

SMYTHE, H.A. Fibrositis and other diffuse musculoskeletel syndromes. In: KELLEY, W.N., HARRIS, E.D., RUDDY, S. Text book of rheumatology. 2.ed. Philadelphia: Saunders, 1981. cap.32: p.485-493.

STOCKMAN, R. The causes, pathology and testment of chronic rheumatism. Edinb Med J, v. 15, p. 107-16, 1904.

WOLFE, F. The fibromyalgia syndrome. Rheum Dis clin of North Am, Philadelphia, v. 15, p. 1-18, 1989.

WOLFE, F. et al. The American college of rheumatology 1990 criteria. For the classification of fibromyalgia. Arthritis Rheum, Atlanta, v.33, p. 160-172, 1990.

YUNUS, M.B., MASI, A.T., CALABRO, J.J. Primary fibromyalgia (fibrositis): clinical study of 50 patients with matches normal controls. Semin Arthritis Rheum, Philadelphia, v. 1 1, p. 151-171, 1981.

Publicado

1997-12-31

Cómo citar

Provenza, J. P. (1997). Fibromialgia: correção clínica, laboratorial e eletromiográfica. Revista De Ciências Médicas, 6(2/3). Recuperado a partir de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/cienciasmedicas/article/view/1378

Número

Sección

Artigos Originais