Incidência de cefaléia após anestesia subaracnóidea e o uso de diferentes tipos e calibres de agulhas
Palabras clave:
cefaleia, anestesia subaracnoidea, agulhas, cirurgiaResumen
Introdução
A cefaléia após anestesia subaracnóidea é uma complicação relativamente frequente, cuja grande variabilidade de incidência mantém estreita relação com o calibre e o desenho da ponta das agulhas usadas.
Objetivo
Avaliar prospectivamente a incidência de cefaléia após anestesias subaracnóideas efetuadas com diferentes tipos e calibres de agulhas, em pacientes submetidos a diferentes tipos de procedimentos cirúrgicos.
Métodos
Ensaio clínico, prospectivo, controlado, não- aleatório. Participaram 667 pacientes, distribuídos em 2 grupos, de acordo com a agulha de punção subaracnóidea usada agulha 29G (n=320) e agulha 27G (n=347) As punções foram realizadas por anestesiologistas com mais de 5 anos de experiência, por via mediana nos inter-espaços L2-L3, L3-L4, L4-L5, com o auxílio de agulha introdutora, tendo os pacientes na posição sentada.
Resultados
Ocorreram 25 falhas parciais ou totais de bloqueio, sem diferença significativa entre as duas agulhas estudadas. A incidência total de cefaléia foi de 1,34% (9 casos): 2,56% com o uso da agulha 29G e 0,28% com o da agulha 27G. O grau de dificuldade foi significativamente maior com a agulha 29G, sendo o risco de impossibilidade de punção 19 vezes maior e o risco de ocorrer cefaléia 9 vezes maior, quando usada esta agulha. O tampão sanguíneo peridural foi realizado em 4 casos de cefaléia grave.
Conclusão
Os resultados deste estudo demonstraram maior facilidade de punção e menor incidência de cefaléia e de não-realização de punção, quando usada a agulha ponta-de-lápis (Whitacre) 27G, em comparação à agulha cortante (Quincke) 29G.
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