Correlação entre aspectos fonoaudiológicos vocais e telelaringoscopia em indivíduos sem queixas
Palabras clave:
avaliação, voz, laringoscopia, fonoaudiologiaResumen
Objetivo
Avaliar indivíduos sem queixa vocal e correlacionar os dados pessoais de tabagismo e sintomas vocais com avaliação fonoaudiológica perceptivo-auditiva e telelaringoscopia. Forma de estudo: clínico prospectivo.
Métodos
Participaram deste estudo 49 indivíduos sem queixas vocais e sem relato de fonoterapia, sendo 36 mulheres e 13 homens, considerando o uso de tabaco e sintoma vocal. Na avaliação fonoaudiológica perceptivo-auditiva, observaram-se os parâmetros: coordenação pneumo-fono-articulatória, pitch, loudness, ressonância e tipo de voz (escala Rasat). Em relação à telelaringoscopia, considerou-se alterada na presença de alteração irritativa ou estrutural. O teste estatístico qui-quadrado correlacionou avaliação fonoaudiológica e sintomas vocais, e avaliação fonoaudiológica e telelaringoscopia.
Resultados
Dos 49 indivíduos, 11 apresentaram algum sintoma vocal, e, quanto ao tabagismo, 8 relataram fazer uso. Na avaliação fonoaudiológica perceptivo-auditiva, 8 (16,32%) indivíduos apresentaram alteração contra 41 (83,67%) que nâo apresentaram. Na telelaringoscopia, 33 (67,34%) não apresentaram alteração e 16 (32,65%) apresentaram, sendo 1 O (62,50%) com alteração irritativa e 6 (37,50%) estrutural. Houve significância estatística entre as correlações.
Conclusão
Numa população sem queixa vocal, sendo a maioria de não fumantes, foram observadas alterações nos exames compatíveis com os sintomas relatados pelos indivíduos. Houve associação entre telelaringoscopia e os achados fonoaudiológicos, principalmente nos casos com alteração estrutural.
Descargas
Citas
Simões M. A voz do professor: histórico da produção científica de fonoaudiólogos brasileiros sobre o uso da voz nessa categoria profissional. ln: Ferreira LP, Oliveira SMRP. Voz profissional: produção científica da Fonoaudiologia brasileira. São Paulo: Roca; 2004. p.1-31.
Simão ALF, Chun RYS. Do movimento a voz surge naturalmente. ln: Larceda CHD, Panhoca 1, organizadores. Tempo de fonoaudiologia. São Paulo: Cabral Editora Universitária; 1997. p.62-82.
Chun RYS. Profissional da voz: repensando os conceitos e práticas na promoção da saúde vocal. ln: Ferreira LP, Andrada e Silva MA. Saúde vocal: práticas fonoaudiológicas. São Paulo: Roca; 2002. p.19-31.
(amargo EY, Cervantes O, Abrahão M. Avaliação videolaringoscópica em pacientes com distúrbios da voz. Rev Bras Med Otorrinolaringol. 1997; 4(5):151-7.
Pinho SMR. Avaliação e tratamento da voz. ln: Pinho SMR, organizador. Fundamentos em fonoaudiologia tratando os distúrbios da voz. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 1998. p.1-37.
Pinho SMR, Pontes P. Escala de avaliação perceptiva da fonte glótica: RASAT. Vox Brasilis 2002; 8(3) [citado 2003 Nov 20]. Disponível em: http://www.sblv.com.br/ voxbrasilis/detalhevox.asp_ ld=34
Ferreira LP, Giannini SPP, Figueira S, Silva EE, Karmann DF, Souza TMT. Condições de produção vocal de professores da prefeitura do município de São Paulo. Rev Dist Comum. 2003; 14(2):275-307
Nemr K, Kohle J, Leite GCA, Santos AO, Lehn C, Chedid, H. Ação de proteção de saúde vocal: perfil da população e correlação entre auto-avaliação vocal, queixas e avaliação fonoaudiológica perceptivo auditiva e acústica. Rev Dist Comum. 2004; 16(3):333-41.
Nemr N, Carvalho M, Kohle J. Manual de orientação vocal. São Paulo: Gráfica Heliópolis; 2002. p.21.
Behlau M, Pontes P. Higiene vocal cuidando da voz. 2.ed. Rio de Janeiro: Revinter; 1999. p.22-33.
Figueiredo DC, Souza PRF, Gonçalves MI, Biase N_G. Analise perceptivo-auditiva, acústica computadonza e laringológica da voz de adultos jovens fumantes e não-fumantes. Rev Bras Otorrinolaringol. 2004; 69(6):791-800.
Corazza VR, Silva VFC, Queija DS, Dedivitis RA. Correlação entre os achados estroboscópicos, perceptivo-auditivos e acústicos em adultos sem queixa vocal. Rev Bras Otorrinolaringol. 2004; 70(1):30-4.
Behlau M, Madazio G, Feijó D, Pontes P. Avaliação de voz. ln: Behlau M, organizador. Voz: o livro do especialista. Rio de Janeiro: Revinter; 2001. p.85-245.
Oliveira IB. Avaliação fonoaudiológica da voz: reflexões sobre condutas, com enfoques à voz profissional. ln: Ferreira LP, Befi-Lopes DM, Limongi SCO, organizadores. Tratado de fonoaudiologia. São Paulo: Roca; 2004. p.11-24.
Scalco MSG, Pimentel RM, Pilz W. A saúde vocal do professor- levantamento junto a escolas particulares de Porto Alegre. Rev Profano. 1996; 8(2):25-30.
Powitzky ES, Khaitan L, Garrett CG, Richards WO, Courey M. Symptons, quality of life, videolaryngoscopy, and twenty four-hour triple-probe pH monitoring in patiens with typical and extraesophageal reflux. Ann Otol Rhinol Laryngol. 2003; 112(10):859-65.
Nemr K, Amar A, Abrahão M, Leite GCA, Kohle J, Santos AO, et ai. Análise comparativa entre avaliação fonoaudiológica perceptivo-auditiva, análise acústica e laringoscopias indiretas para avaliação vocal em população com queixa vocal. Rev Bras Otorrinolaringol. 2005; 71(1):13-7.
Ruiz DMCF, Tsuji SACN, Faccio CB, Romanini JS, Ghedini SG. Ocorrência de queixas vocais em advogados, juizes e promotores. Rev Profano. 1997; 9(1):27-30.
Brasolotto AG. Características glóticas de presbilaringe- relação com queixa vocal e alterações de mucosa das pregas vocais [tese]. São Paulo: Universidade Federal de São Paulo; 2000.