Nível de informação do consumidor sobre os produtos alimentares diet e light em hipermercados de Campinas, SP
Palavras-chave:
conduta na alimentação, proteção do consumidor, educação nutricionalResumo
Objetivo
O propósito deste ensaio é avaliar o nível de informação do consumidor acerca dos conceitos de produtos diet e light, verificar qual a principal razão para a aquisição desses produtos e qual informação do rótulo é considerada mais importante pelo consumidor.
Métodos
A presente pesquisa foi exploratória. Foi utilizado um questionário pré-testado com nove questões estruturadas e semi-estruturadas sobre conceitos de produtos diet e light, práticas na compra desse tipo de produto e caracterização socioeconômica e demográfica dos indivíduos. Foram entrevistados cem consumidores que freqüentavam dois hipermercados do município de Campinas em agosto de 2003. Estatísticas descritivas básicas foram calculadas para os itens avaliados.
Resultados
Apesar de os entrevistados terem demonstrado bom nível de informação sobre os conceitos de produtos light, os resultados apontam que 64% da amostra entrevistada não conhecem os conceitos de diet e light concomitantemente. A maior motivação para a compra desses produtos é a preocupação com a saúde. Grande parte dos entrevistados considera a data de validade como item de primeira preocupação ao observar o rótulo.
Conclusão
Os resultados da presente pesquisa sugerem que a população é carente de informação sobre alimentos especiais. Essa constatação aliada ao fato de a principal razão de compra desses alimentos ser a preocupação com a saúde apontam para a necessidade de o setor público implementar e/ou reforçar campanhas informativas no âmbito dessas questões.
Downloads
Referências
Lukianocenko M. Consumidor quer saúde. Rev Superhiper. 2002;11:13-5.
Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Dietéticos. Mercado diet e light [Acesso 2003 set 11]. Disponível em: http://www.abiad.com.br
Salay E. Hábitos alimentícios y aspectos nutricionales y la calidad de los alimentos. ln: Belik W, editor. Políticas de seguridad alimentaría y nutrición en América Latina. São Paulo: Hucitec; 2004. p.183-201.
Agência Nacional de Vigilância Sanitária [Acesso 2003 set 14]. Legislação. Portarias. Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/legis/portarias
Gade C. Psicologia do consumidor. São Paulo: EPU; 1980.
Selltiz C, et ai. Métodos de pesquisa nas relações sociais. 2.ed. São Paulo: Edusp; 1967
Martins GA. Manual para elaboração de monografias e dissertações. 3.ed. São Paulo: Atlas; 2002.
Marconi MA, Lakatos EM. Técnicas de pesquisa. 5.ed. São Paulo: Atlas; 2002.
Fonseca MCP, Silva MAAP, Salay E. Atitudes dos consumidores com relação à compra de hortifrutícolas em hipermercados e sacolões/varejões na cidade de Campinas, SP. Cad Debate. 1998; 6:71-94.
O. Universidade Federal de São Paulo - Unifesp. Curso de introdução à bioestatística [Acesso 2003 set 19]. São Paulo; 2003. Disponível em: http://www.virtual. epm.br/cursos/bioest/conteúdo/aula
Araújo ACMF, Araújo WMC. Adequação à legislação vigente, da rotulagem de alimentos para fins especiais dos grupos de alimentos para dietas com restrição de carboidratos e alimentos para dieta de ingestão controlada de açúcares. Hig Alim. 2001; 15(82): 52-70.
Bánati D, Lakner Z. The food safety issue and the consumer behavior in a transition economy: a case study of Hungary. Acta Alim. 2002; 31(1):21-36.
Abbott R. Food and nutrition information: a study of sources, uses and understanding. Br Food J. 1997; 99(2):43-9.
Viaene J, Gellyncy X. Consumer behavior towards light products in Belgium. Br Food J. 1997; 99(3 and 4):105-13.
Graciano RAS, Goncalez E, Jorge LIF, Silva MLP. Avaliação crítica da rotulagem praticada pela indústria alimentícia brasileira. Hig Alim. 2000; 11(74):21-6.
