O 11 de setembro, 20 anos depois: impactos na religião e na cultura ocidental

Authors

  • Breno Martins Campos Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião http://orcid.org/0000-0001-7421-4499
  • Paulo Augusto de Souza Nogueira Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião http://orcid.org/0000-0003-2781-6942
  • Ceci Maria Costa Baptista Mariani Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião http://orcid.org/0000-0002-2948-5705

DOI:

https://doi.org/10.24220/2447-6803v46e2021a5324

Keywords:

11 de setembro. Discurso do apocalipse. Fundamentalismo. Intolerância religiosas.

Abstract

O dia 11 de setembro de 2001 foi um marco na história contemporânea. O ataque de terroristas às Torres Gêmeas, em Nova Iorque, e ao Pentágono, em Washington D.C., que causou milhares de mortes, pegou os Estados Unidos e o mundo de surpresa. Os poderes que estavam estabelecidos se viram sacudidos, minados por dentro, vulneráveis. O mundo nunca mais seria o mesmo. Medidas drásticas de combate ao terror foram adotadas, dentro e fora dos Estados Unidos da América (EUA), culminando com a invasão ao Iraque e com a execução de Bin Laden. No entanto, estes trágicos eventos não apenas expuseram as tensões, antigas e novas, da política internacional. Eles reavivaram estruturas imagéticas e sensibilidades religiosas do passado, da compreensão da história como um perscrutar por inimigos, por identificar seus agentes, de fornecer subsídios ideológicos para a luta do bem contra o mal, para aniquilação do chamado eixo do mal. Novas formas de pensamento dualista e fundamentalista emergiram inspirados de suas raizes religiosas ocidentais, de imagens adormecidas prontas para serem atualizadas. Neste dossiê da revista Reflexão, perguntamo-nos pelas mudanças no campo religioso 20 anos depois do 11 de setembro. Como passamos a perceber os conflitos políticos a partir de esquemas dualistas da imaginação apocalíptica após a experiência da visão concomitante da catástrofe? A experiência de testemunhar uma “praga do final dos tempos”, ao vivo, nos tornou mais vigilantes, inquietos, insones? Esse olhar vigilante nos tornou mais sensíveis à presença sempre iminente do inimigo? Nossos padrões de identificação dos agressores de nossas estruturas sociais se tornaram mais rigorosos, intransigentes? Com essas questões colocadas, buscamos abrir o debate.

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Author Biographies

Breno Martins Campos, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião

Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas), Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (CCHSA), Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências da Religião. 

Paulo Augusto de Souza Nogueira, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião

Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas), Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (CCHSA), Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências da Religião. 

Ceci Maria Costa Baptista Mariani, Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC-Campinas), Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas, Programa de Pós-Graduação em Ciências da Religião

Pontifícia Universidade Católica de Campinas (PUC Campinas), Centro de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas (CCHSA), Programa de Pós-graduação Stricto Sensu em Ciências da Religião. 

 

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Published

2021-04-08

How to Cite

Campos, B. M., Nogueira, P. A. de S., & Mariani, C. M. C. B. (2021). O 11 de setembro, 20 anos depois: impactos na religião e na cultura ocidental. Reflexão, 46, 1–4. https://doi.org/10.24220/2447-6803v46e2021a5324