A relação fé e ciência no século XIII e o papel das universidades
DOI:
https://doi.org/10.24220/2447-6803v40n2a3296Palavras-chave:
Ciência, Fé, Filosofia, Razão, TeologiaResumo
O principal objetivo destas reflexões é explorar as relações entre fé e razão, fé e ciência, no pensamento escolástico, mais especificamente, no século XIII. Na verdade, essa problemática remonta aos primeiros séculos da era cristã com um acento, porém, na relação entre “sabedoria cristã” e “sabedoria pagã”. No século XI, Anselmo de Aosta aprofundará a questão da intelecção da fé ao mostrar que fé e razão não se contradizem nem se identificam, mas se completam. No século XII, Pedro Abelardo dará à teologia o status de ciência, apresentando-a como um estudo sistemático do conjunto da doutrina da fé cristã. No século XIII, com a fundação das universidades e a entrada de Aristóteles no Ocidente latino, essa problemática, colocada agora em termos de fé e ciência, tenderá a acirrar-se e a complexificar-se em meio à tensão e ao conflito entre aristotelismo e platonismo ou, mais exatamente, neoplatonismo.
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