Fragmentos datilografados: o biografema como escrita de si em Sylvia Plath

Autores/as

DOI:

https://doi.org/10.24220/2595-9557v3e2020a4660

Palabras clave:

Autobiografia. Biografema. Confessionalismo. Poesia. Sylvia Plath.

Resumen

 O presente trabalho trata das relações entre obra e vida na escrita da poeta norte-americana Sylvia Plath. Dentro da crítica literária de língua inglesa, a poeta é tida, por uma parcela de seus críticos, como representante daquilo que Macha Louis Rosenthal chamou de poesia confessional. Todavia, tal classificação encontra impasses se analisarmos o projeto criativo da poeta e parte de sua fortuna crítica, em especial, as produções críticas mais recentes. Sendo assim, faremos uso da obra poética da autora, em companhia de suas correspondências e diários, cotejando sua escrita com as noções de autobiografia, formulada por Philippe Lejeune, de autoficção, cunhada por Serge Doubrovsky, e de biografema, desenvolvida por Roland Barthes. Nessa via, será possível elaborar uma noção de poética biografemática, isto é, uma escrita de si que faz valer os restos da biografia, os biografemas, em oposição a um discurso confessional.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Biografía del autor/a

Derick Davidson Santos Teixeira, Universidade Federal de Minas Gerais

Possui graduação em Letras, Inglês, pela Universidade Federal de Minas Gerais (2014), com período de estudos na University of Wisconsin, Madison, e mestrado em Teoria da Literatura e Literatura Comparada pela Universidade Federal de Minas Gerais (2017). Atualmente é aluno do programa de doutorado em Teoria da Literatura e Literatura Comparada da Universidade Federal de Minas Gerais, trabalhando, principalmente, nos seguintes temas: escritura, corpo, escritas de si.

Citas

ALVAREZ, A. The savage god: a study of suicide. London: W.W. Norton, 1990. p. 20

BARTHES, R. Sade, Fourier, Loyola. São Paulo: Martins Fontes, 2005.

p. 16-17.

BARTHES, R. A morte do autor. In: BARTHES, R. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2012a. p. 57-63.

BARTHES, R. Durante muito tempo, fui dormir cedo. In: BARTHES, R. O rumor da língua. São Paulo: Martins Fontes, 2012b.

p. 348-365.

BARTHES, R. Crítica e verdade. 3. ed. São Paulo: Perspectiva, 2013.

BRITZOLAKIS, C. Sylvia Plath and the theatre of mourning. New York: Clarendon Press, 1999. p. 147-153.

BURK, S. The death and return of the author: criticism and subjectivity in Barthes, Foucault and Derrida. Edinburgh: Edinburgh University Press, 2008. p. 38.

COLONNA, V. Tipologia da autoficção. In: NORONHA, J. M. G. (org.). Ensaios sobre a autoficção. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014. p. 39-66.

COSTA, L. B. Estratégias biográficas: biografema com Barthes, Deleuze, Nietzsche, Henry Miller. Porto Alegre: Sulina, 2011.

DOUBROVKY, S. O último eu. In: NORONHA, J. M. G. (org.). Ensaios sobre a autoficção. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014. p. 111-126.

DOUBROVSKY, S. Serge Doubrovsky: “Écrire sur soi, c’est écrire sur les autres”. Le point debates, Paris, 22 fev. 2011. Entretien accordé a Thomas Mahler. Disponible en: http://www.lepoint.fr/grands-entretiens/serge-doubrovsky-ecrire-sur-soi-c-est-ecrire-sur-les-autres-22-02-2011-1298292_326.php. Accès à: 30 juin 2019.

DYNE, S. V. The problem of biography. In: GILL, J. (ed.). The Cambridge companion to Sylvia Plath. Cambridge: Cambridge University Press, 2006. p. 5-23.

ELIOT, T. S. Tradição e talento individual. In: ELIOT, T. S. Ensaios. São Paulo: Art Editora, 1989. p. 37-48.

GILL, J. Cambridge introduction to Sylvia Plath. Cambridge: University Press, 2008 p. 16.

HUGHES, F. Prefácio. In: PLATH, S. Ariel. São Paulo: Verus, 2010. Edição bilíngue.

LEJEUNE, P. O pacto autobiográfico. Belo Horizonte: Editora UFMG. 2008. p. 294.

LOWELL, R. Prefácio. In: PLATH, S. Ariel. New York: Harper & Roll, 1996. p. 9-11.

NELSON, D. Plath, history and politics. In: GILL, J. (ed.). The Cambridge companion to Sylvia Plath. New York: Cambridge University Press, 2006. p. 21-35.

NORONHA, J. M. G. (org.). Ensaios sobre a autoficção. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2014.

PLATH, S. A 1962 Sylvia Plath interview with Peter Orr. In: PLATH, S. The poet speaks. London: Routledge, 1966. Interview given to Peter Orr. Available from: https://www.modernamericanpoetry.org/content/1962- sylvia-plath-interview-peter-orr. Cited: Mar. 6, 2020.

PLATH, S. Letters home: correspondence 1950-1963. PLATH, A. (ed.). New York: Haper Perennial 1992. p. 481.

PLATH, S. The unabridged journals of Sylvia Plath. KUKIL, K. V. (ed.). New York: Anchor Books, 2000. p. 22.

PLATH, S. The collected poems. New York: Harper & Row, 2008.

PLATH, S. Ariel. 2. ed. São Paulo: Versus. 2010. p. 46-67. Edição bilíngue.

ROSENBLATT, J. Sylvia Plath: the poetry of initiation. New York: The University of North Carolina Press, 1982.

ROSENTHAL, M. L. The new poets. London: Oxford University Press, 1967. p. 79.

SOUZA, E. M. Notas sobre a crítica biográfica. In: SOUZA, E. M. Crítica cult. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2002. p. 111-120.

SOUZA, E. M. Janelas indiscretas. Belo horizonte: Editora UFMG, 2011.

UROFF, M. D. Sylvia Plath and Confessional Poetry: a reconsideration. The Iowa Review, v. 8, n. 1, p. 104-115, 1977. Available from: http://www.jstor. org/stable/20158710. Cited: June 30, 2019.

Publicado

2020-06-23

Cómo citar

Teixeira, D. D. S. (2020). Fragmentos datilografados: o biografema como escrita de si em Sylvia Plath. Pós-Limiar | Título não-Corrente, 3, 1–10. https://doi.org/10.24220/2595-9557v3e2020a4660