A escrita e recepção de si: abismo olhando o abismo
DOI:
https://doi.org/10.24220/2595-9557v2n2a4659Palabras clave:
Autoria e coautoria. Escrita de si. Hipertexto. Memória.Resumen
O artigo “A Escrita e recepção de si” objetiva e espera, por um lado, que possa despertar
o interesse de leitores e leitoras que, de modo especial, buscam aportes teóricos, chaves
interpretativas e uma indicação prévia de leitura da produção literária de seu autor. Além
disso, espera-se que o texto seja útil para fazer e desfazer noções intransitivas de textos
autobiográficos, memorialistas, mistos e da escrita e recepção de si e, na mesma senda,
da escrita e recepção crítica, reflexiva. Por outro lado, a sua leitura poderá contribuir para
o acesso e estreitamento de laços entre leitores, leitoras e partes da obra, promovendo
a circulação, o intercâmbio e a recepção. Em suma, a promoção da leitura, no contexto
de invisibilidade a que está relegada a produção literária negra e a recepção negra e/
ou empatizada com a negrura, passa também pelo estatuto da escrita e recepção de
si, da crítica de si e, na mesma esteira, no aproveitamento, nos estudos literários e nos
componentes curriculares, dos corpus autobiográficos, memorialistas e das escritas
de si apreendidas e refeitas. Em síntese, a escrita de si reflete sobre o conceito dessa
modalidade de texto, do autobiográfico, do memorialista e, no bojo dos conceitos de
autoria, autoexpressão e coautoria, há a formulação do hipertexto e da crítica de si. Para
fazê-la, o autor propõe, como espaço de reflexão, a análise da própria obra ficcional,
teatral e poética. A escrita e recepção de si, como artefato e chave interpretativa, é motor
de linguagens de diferentes codificações internas; as literárias, e as externas; as agências
raciais, espaciais e políticas.
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