Artivismo e a emergência de novas subjetividades políticas no pós-digital
DOI:
https://doi.org/10.24220/2595-9557v5e2022a5635Palavras-chave:
Arte contemporânea, Pós-digital, Reconhecimento facial, Tecnologia, VigilânciaResumo
O presente texto propõe identificar iniquidades no desenvolvimento e na disseminação de tecnologias de imagem, que tendem a privilegiar um modelo hegemônico de cultura, e suas implicações em um apagamento de narrativas e existências dissidentes. São apresentados alguns exemplos de tendenciosidade tecnológica, desde o modelo de calibragem de cores para revelação de filmes fotográficos proposto pela Kodak a partir dos anos 1940, o Shirley Card, até recentes pesquisas que buscam inferir o gênero e orientação sexual de pessoas com auxílio de bases de dados e algoritmos de inteligência artificial. Em contraponto, são apresentados trabalhos artísticos desenvolvidos na última década, e que questionam a legitimidade do uso dessas tecnologias como ferramentas de vigilância e monitoramento dos corpos. As obras Facial Weaponization Suite, 2012, de Zach Blas e Probably Chelsea, 2017, de Heather Dewey-Hagborg são lidas sob a égide do “pós-digital”, de forma a destacar aspectos que tendem a deturpar estruturas hierárquicas e excludentes, perpetuadas ao longo da história.
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