Fragmentos datilografados: o biografema como escrita de si em Sylvia Plath
DOI:
https://doi.org/10.24220/2595-9557v3e2020a4660Palavras-chave:
Autobiografia. Biografema. Confessionalismo. Poesia. Sylvia Plath.Resumo
O presente trabalho trata das relações entre obra e vida na escrita da poeta norte-americana Sylvia Plath. Dentro da crítica literária de língua inglesa, a poeta é tida, por uma parcela de seus críticos, como representante daquilo que Macha Louis Rosenthal chamou de poesia confessional. Todavia, tal classificação encontra impasses se analisarmos o projeto criativo da poeta e parte de sua fortuna crítica, em especial, as produções críticas mais recentes. Sendo assim, faremos uso da obra poética da autora, em companhia de suas correspondências e diários, cotejando sua escrita com as noções de autobiografia, formulada por Philippe Lejeune, de autoficção, cunhada por Serge Doubrovsky, e de biografema, desenvolvida por Roland Barthes. Nessa via, será possível elaborar uma noção de poética biografemática, isto é, uma escrita de si que faz valer os restos da biografia, os biografemas, em oposição a um discurso confessional.
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