Guias alimentares para crianças: aspectos históricos e evolução

Autores

  • Roseane Moreira Sampaio BARBOSA Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Rosana SALLES-COSTA Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Eliane de Abreu SOARES Universidade do Estado do Rio de Janeiro

Palavras-chave:

criança, educação nutricional, guias alimentares, pirâmide alimentar

Resumo

Os guias alimentares possuem duas propostas: a primeira, ser um guia de saúde pública, e a segunda, uma ferramenta de educação nutricional. Este trabalho objetiva apresentar um histórico dos guias alimentares e suas características, bem como abordar os guias dietéticos desenvolvidos especificamente para crianças. Foi realizado um levantamento bibliográfico dos últimos dez anos, em base de dados Medline utilizando as palavras-chave guia alimentar, guia dietético infantil e pirâmide alimentar infantil. Desde 1916, os guias alimentares vêm sendo desenvolvidos a fim de traduzir as recomendações de uma dieta saudável para população, porém somente a partir de 1999 foi desenvolvido pelo United States Departament of Agriculture um guia alimentar para crianças. Observou-se que os guias alimentares infantis, de modo geral, foram elaborados recentemente. Poucos países os desenvolveram de acordo com o hábito alimentar das crianças, utilizando alimentos típicos da idade e tamanho das porções específicas para essa faixa etária, considerando a limitada capacidade gástrica das crianças. Conclui-se que é muito importante desenvolver, implementar e validar os guias alimentares infantis, pois são uma ferramenta de educação nutricional para a formação de hábitos saudáveis e para a prevenção de doenças crônicas.

Referências

American Dietetic Association. Position of the American Dietetic Association: dietary guidance for healthy children ages 2 to 11 years. J Am Diet Assoc. 2004; 104(4):660-77.

Popkin BM. The nutrition transition in low-income countries: an emergin crisis. Presented at the diet and chronic diseases in countries en socio economic transition. Exper Biol Confer. 1994; p.24-8.

Monteiro CA, Mondini L, Souza, ALM, Popkin BM. Da desnutrição para a obesidade: a transição nutricional no Brasil. In: Monteiro CA. Velhos e novos males da saúde no Brasil: a evolução do país e de suas doenças. 2.ed. São Paulo: Hucitec; 2000. p.247-55.

Bermudez OI, Tucker KL. Trends in dietary patterns Latin American populations. Cad Saúde Pública. 2003; 19(1):87-99.

Harris S, Black R, Harvey AG. Dietary guidelines: past experience and new approaches. Am J Diet Assoc. 2003; 103(Supl 2):S3-S4.

World Health Organization. Preparation and use of Food-Based Dietary Guidelines. Nutrition Programme. Geneva; 1996.

World Health Organization. Preparation and use of food-based dietary guidelines. Geneva; 1998. Technical Report Series 880.

Peña M. Guias de Alimentación en América Latina. In Anais do I Workshop Instituto Danone. Alimentação equilibrada para a população brasileira. Florianópolis: Instituto Danone; 1998. p.31-43.

MacMurry KY. Setting dietary guidelines: the US process. J Am Diet Assoc. 2003; 103(12):10-6.

Schneeman BO. Evolution of dietary guidelines. J Am Diet Assoc. 2003; 103(12):5-9.

Myers EF, Britten P, Davis CA. Past, present, and future of the food guide pyramid. J Am Diet Assoc. 2001; 101(8):881-5.

Committee on Health and Behavior: Research, pratice and policy. The interplay of biological, behavioral and societal influences. Washington, DC: National Academy of Sciences; 2001.

Davis CA, Escobar A, Marcoe KL, Tarone C, Shaw A, Saltos S, et al. Food guide pyramid for young children 2 to 6 years old: Technical Report on Background and Development. U.S. Department Agriculture, Center for Nutrition Policy and Promotion; 1999. CNPP-10.

Nutrition and your Health: Dietary Guidelines for Americans. Washington, DC: US Department of Agriculture of Health and Human Services; 1980.

United States Department of Agriculture and Department of Health and Human Service. Nutrition and your healthy: dietary guidelines for americans, home and garden bulletin 232. Washington (DC): 2S Government Printing Office; 1980.

Dietary Guidelines Advisory Committee. 2000 Report. Washington (DC): US Department Agriculture; 2000.

Bush M, Kirkpatrick S. Setting dietary guidance: The Canadian experience. J Am Diet Ass. 2003; 103(12):22-7

Calderón T, Morón C. La elaboración de guías alimentarias basadas en alimentos en países de América Latina [acesso 15 maio 2004]. Disponible: http://www.fao.org

Yañez ER, Olivares SC, Torres LI, Guevara MN. Validación de las guías y la pirámide alimentaria en escolares de 5º a 8º básico. Rev Chil Nutr. 2000; 27(3):358-67.

Philippi ST, Latterza, AR, Cruz ATR, Ribeiro LC. Pirâmide alimentar adaptada: guia para escolha dos alimentos. Rev Nutr. 1999; 12(1):65-80.

Philippi ST, Cruz ATR, Colucci ACA. Pirâmide alimentar para crianças de 2 e 3 anos. Rev Nutr. 2003; 16(1):5-19.

Organização Pan-Americana de Saúde. Dez passos para uma alimentação saudável: guia alimentar para crianças menores de 2 anos. Ministério da Saúde; 2002. 45p.

Márquez YF, Cuenca E, Nuñez GO. Las guías alimentares: una estrategia venezolana para educar a la comunidad promoviendo patrones de consumo que mejoren su calidad de vida la educación 2000 [acesso 15 maio 2004]. Disponíble http://www.educoas.org/portal/bdigital/contenido/laeduca/laeduca_134135/articulo7/index.aspx&culture=es&tabindex=2&childindex=4

Baghust KI. Dietary Guidelines: The development process in Australia and New Zeland. J Am Diet Assoc. 2003; 103(2 Supl 2):S17-S21.

Office of Nutrition Police and Promotion [Internet]. Canada’s food guide to healthy eating focus on preschoolers - background for educators and communicators [cited 2004 Mai 15]. Available from: http://www.hcsc.gc.ca/hpfbdgpsa/onppbppn/food_guide_preschoolers_e.html#2

Brady LM, Lindquist CH, Herd SL, Goran MI. Comparison of children’s dietary intake patterns with US dietary guidelines. Br J Nutr. 2000; 84(3):361-7.

Downloads

Publicado

19-09-2023

Como Citar

Moreira Sampaio BARBOSA, R., SALLES-COSTA, R. ., & de Abreu SOARES, E. (2023). Guias alimentares para crianças: aspectos históricos e evolução. Revista De Nutrição, 19(2). Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/nutricao/article/view/9786

Edição

Seção

Comunicação