Coincidência de conexão do tom emocional com abstração e o resultado psicoterapêutico

Autores

  • Elisa Medici Pizão YOSHIDA Pontifícia Universidade Católica de Campinas, Centro de Ciências da Vida, Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
  • Erhard MERGENTHALER Ulm University

Palavras-chave:

Evidência empírica, Padrões de emoção abstração, Pesquisa de processo psicoterapêutico

Resumo

O estudo objetivou testar a afirmação de que “pacientes que não têm êxito em conectar suas emoções com cognição durante suas terapias provavelmente não melhorarão”. Dois processos de psicoterapias psicodinâmicas breves, um bem-sucedido e outro malsucedido, foram analisados com o Modelo dos Ciclos Terapêuticos. O Modelo dos Ciclos Terapêuticos é um método de análise de texto por computador que permite identificar padrões de emoção-abstração na narrativa de interlocutores. Quatro padrões são identificados: Relaxamento, Experiência, Reflexão e Conexão. Momentos clinicamente significantes são mais associados à Conexão. Levantou-se a hipótese de que o caso bem-sucedido apresentaria maior proporção de Conexão. Quanto à Reflexão, ao Relaxamento e à Experiência, não eram esperadas diferenças. Encontrou-se maior proporção de Conexão e de Relaxamento no caso bem- sucedido, e diferenças não significantes em Reflexão e Experiência. Considerações sobre a magnitude das mudanças, valência das emoções e abstrações e sequência de ocorrência dos padrões sugerem novas análises.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Buchheim, A., & Mergenthaler, E. (2000). The relationshipn among attachment representation, emotion-abstraction patterns, and narrative style: a computer-based text analysis of the Adult Attachment Interview. Psychotherapy Research, 10 (4), 390-407.

Cunha, J. A. (2001). Manual da versão em português das escalas Beck. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Fontao de Ross, M., & Mergenthaler, E. (2005). Aplicación del modelo de ciclo terapéutico a la investigación de microprocesos en la psicoterapia de grupo. Revista Argentina de Clínica Psicológica,14, 53-63.

Gabbard, G. O. (1992). Psiquiatria psicodinâmica na prática clínica. Porto Alegre: Artes Médicas.

Hutz, C. S., & Nunes, C. H. S. S. (2001). Escala fatorial de ajustamento emocional/neuroticismo. São Paulo: Casa do Psicólogo.

Jacobson, N. S., & Truax, A. P. (1991). Clinical significance: a statistical approach to defining meaningful change in psychotherapy research. In A. E. Kazdin (Ed.), Methodological issues and strategies in clinical research (2nd ed., pp.521-538). Washington, DC: American Psychological Association.

Laloni, D. T. (2001). Escala de Avaliação de Sintomas-90-RSCL- 90-R: adaptação, precisão e validade. Tese de doutorado não-publicada, Pontifícia Universidade Católica de Campinas. Disponível em www.bibliotecadigital.puccampinas.edu.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=29

Lepper, G., & Mergenthaler, E. (2007). Therapeutic collaboration: how does it work? Psychotherapy Research, 17, 576-587.

Lepper, G., & Mergenthaler, E. (2008). Observing therapeutic interaction in the “Lisa” case. Psychotherapy Research, 18, 634-644.

Luborsky, L., & Crits-Christoph, P. (1998). Understanding transference: the CCRT method (2nd ed). New York: Basic Books.

Mergenthaler, E. (1996). Emotion-abstraction patterns in verbatim protocols: a new way of describing psychotherapeutic processes. Journal of Consulting and Clinical Psychology, 64, 306-315.

Mergenthaler, E. (2008). Resonating minds: a schoolindependent theoretical conception and its empirical application to psychotherapeutic processes. Psychotherapy Research, 18, 109-126.

Perry, J. C. (1990). Escalas de avaliação dos mecanismos de defesa (5ª ed.). Manuscrito não-publicado.

Taylor, G. J., Bagby, R. M., & Parker, J. D. A. (1992). The revised Toronto Alexithymia Scale: some reliability, validity, and normative data. Psychotherapy & Psychosomatics, 57, 34-41.

Yoshida, E. M. P. (2000). Toronto Alexthymia Scale-TAS: precisão e validade da versão em português. Psicologia: Teoria e Prática, 2 (1), 59-74.

Yoshida, E. M. P. (2008a). Mudança em psicoterapias breves: características de personalidade, conflito interpessoal e estratégia terapêutica. Relatório de Pesquisa, manuscrito não-publicado, Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Yoshida, E. M. P. (2008b). Significância clínica de mudança em processo de psicoterapia psicodinâmica breve. Paidéia, 18 (40), 305-316.

Yoshida, E. M. P. (2009). Modelo dos ciclos terapêuticos: dicionários em português e estudos de validade. Relatório de Pesquisa, manuscrito não-publicado, Pontifícia Universidade Católica de Campinas.

Yoshida, E. M. P., Elyseu Júnior, S., Silva, F. R. C. S., Finotelli Júnior, I., Sanches, F. M., Penteado, E. F., et al. (2009). Psicoterapia psicodinâmica breve: estratégia terapêutica e mudança no padrão de relacionamento conflituoso. Psico USF, 14, 275-285.

Yoshida, E. M. P., & Rocha, G. M. A. (2007). Avaliação em psicoterapia psicodinâmica. In J. C. Alchieri (Org.), Avaliação psicológica: perspectivas e contextos (pp.237-288). São Paulo: Vetor.

Downloads

Publicado

2011-03-30

Como Citar

YOSHIDA, E. M. P., & MERGENTHALER, E. (2011). Coincidência de conexão do tom emocional com abstração e o resultado psicoterapêutico. Estudos De Psicologia, 28(1). Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/8832