Impacto da cronicidade do transtorno distímico na qualidade de vida

Autores

  • Mara Rúbia de Camargo Alves ORSINI Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Educação, Laboratório de Avaliação, Pesquisa e Intervenção em Saúde Mental e Personalidade
  • Cecília Rodrigues RIBEIRO Universidade Federal de Goiás, Faculdade de Educação, Laboratório de Avaliação, Pesquisa e Intervenção em Saúde Mental e Personalidade

Palavras-chave:

Cronicidade, Qualidade de vida, Transtorno distímico

Resumo

A distimia diferencia-se da depressão por sua cronicidade e menor severidade sintomatológica. A cronicidade acarreta sérios prejuízos na rotina dos pacientes, atividades laborais, relacionamentos sociais e qualidade de vida. O objetivo deste estudo foi explorar o impacto do transtorno distímico na qualidade de vida dos pacientes. Utilizou-se uma entrevista semiestruturada com 24 pacientes distímicos, sendo os dados analisados pelo software Alceste. Neste artigo, discutiu-se a classe sobre o Tratamento da Distimia e Qualidade de Vida. Observou-se um ciclo de tristeza que interfere no dia a dia, acarretando insatisfação e frustração, retroalimentando a baixa autoestima, que induziria à continuidade dos sintomas, passando a fazer parte da experiência cotidiana do indivíduo e aparecendo, por fim, como um modo de ser. A partir desses dados, sugere-se que o transtorno possa ser interpretado por novos parâmetros, baseados na compreensão dessa sucessão de processos, que deveria ser o foco da intervenção com tais pacientes.

 

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Publicado

2012-12-31

Como Citar

ORSINI, M. R. de C. A., & RIBEIRO, C. R. (2012). Impacto da cronicidade do transtorno distímico na qualidade de vida. Estudos De Psicologia, 29(Suplemento 1). Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/8829