O Teatro Fórum como dispositivo de discussão da violência contra a mulher

Autores

  • Érika Cecília Soares OLIVEIRA Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências de Letras, Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
  • Maria de Fátima ARAÚJO Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências de Letras, Programa de Pós-Graduação em Psicologia.

Palavras-chave:

Identidade de gênero, Pesquisa participativa, Teatro do Oprimido, Violência contra a mulher

Resumo

Este artigo apresenta resultados de uma pesquisa que utilizou o Teatro do(a) Oprimido(a), na modalidade do Teatro Fórum, para promover discussões e reflexões sobre a violência contra a mulher, através de um esquete sobre o tema apresentado para um grupo de catadoras(es) de material reciclável de duas cidades do interior paulista. No Teatro Fórum, os(as) espectadores(as) transformam-se em espect-atores/atrizes e, pela via da ação, ajudam a encontrar uma solução para o conflito encenado. Os resultados da pesquisa sugerem que o Teatro do(a) Oprimido(a) possa ser usado como uma importante ferramenta metodológica de pesquisa. No campo específico da Psicologia, esse dispositivo teatral aparece como um instrumento alternativo para trabalhar com pesquisas participativas que envolvem diversas temáticas e questões da coletividade e que produzem rupturas em práticas e discursos hegemônicos.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Boal, A. (2005). Teatro do Oprimido e outras poéticas políticas. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Boal, A. (2009a). A estética do oprimido. Rio de Janeiro: Garamond.

Boal, A. (2009b). O teatro como arte marcial. Rio de Janeiro: Garamond.

Brasil. Casa Civil. (2012). Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006. Lei Maria da Penha. Brasília: Casa Civil.

Butler, J. (2003). Sujeitos do sexo/gênero/desejo. In J. Butler. Problemas de gênero: feminismo e subversão da identidade (pp.17-60). Rio de Janeiro: Civilização Brasileira.

Butler, J. (2007). El género en disputa: el feminism y la subversión de la identidad. Barcelona: Paidós Ibérica.

Butler, J. (2011). Bodies that matter: On the discursive limits of “sex”. New York: Routledge.

Campos, J. J. L. (Corpo Santo). (1980). Mateus e Mateusa. In C. Guilhermino (Org.), Teatro completo (pp.87-101). Rio de Janeiro: Fundação Nacional de Arte. Recuperado em março 3, 2011, de http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bv000296.pdf

Carvalho, A. M. R. (2008). Cooperativa de Materiais Recicláveis de Assis - COOCASSIS: espaço de trabalho e de sociabilidade e seus desdobramentos na consciência (Tese de doutorado não-publicada). Programa de Pós-Graduação em Psicologia, Universidade de São Paulo.

Fraser, N. (2006). Da redistribuição ao reconhecimento? Dilemas da justiça numa era “pós-socialista”. Cadernos de Campo, 14/15, 231-239.

Fraser, N. (2007). Reconhecimento sem ética? Lua Nova, 70,101-138.

Harvey, P. (1989). Género, autoridad y competência lingüística: participación política de la mujer em pueblos andinos. Documento de Trabajo 33(9) Recuperado en junio 11, 2011, disponíble en http://www.iep.org.pe/textos/DDT/ddt33.pdf

Hilst, H. (2002). Kadosh. São Paulo: Editora Globo.

Jorge, L. (1990). O dia dos prodígios. Portugal: Publicações Europa-América.

Lauretis, T. (1994). A tecnologia do gênero. In H. B. Hollanda (Org.), Tendências e impasses: o feminismo como crítica da cultura (pp.206-242). Rio de Janeiro: Rocco.

Minayo, M. C. S. (Org.). (2010). O desafio do conhecimento: npesquisa qualitativa em saúde. São Paulo: Hucitec.

Moore, H. L. (2000). Fantasias de poder e fantasias de identidade: gênero, raça e violência. Cadernos Pagu, 14, 13-44.

Narvaz, M. G., & Koller, S. H. (2006). Metodologias feministas e estudos de gênero: articulando pesquisa, clínica e política. Psicologia em Estudo, 11(3), 647-654.

Olesen, V. L. (2008). Os feminismos e a pesquisa qualitativa neste novo milênio. In N. K. Denzin & Y. S. Lincoln (Orgs.), O planejamento da pesquisa qualitativa: teorias e abordagens (pp.219-57). Porto Alegre: Artmed.

Pougy, L. G. (2010). Desafios políticos em tempos de Lei Maria da Penha. Revista Katállysis, 13(1), 76-85.

Rubin, G. (2003). El tráfico de mujeres: notas sobre la “economía política” del sexo. In M. Lamas. El género: la construcción cultural de la diferencia sexual. México: UNAM.

Silva, C. V. (2009). Curinga uma carta fora do baralho: a relação diretor/espectador nos processos e produtos de espetáculos fórum (Dissertação de mestrado não-publicada). Universidade Federal da Bahia, Salvador.

Scott, J. W. (1995). Gênero: uma categoria útil de análise histórica. Educação e Realidade, 20(2), 71-99.

Downloads

Publicado

2014-03-31

Como Citar

OLIVEIRA, Érika C. S., & ARAÚJO, M. de F. (2014). O Teatro Fórum como dispositivo de discussão da violência contra a mulher. Estudos De Psicologia, 31(2). Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/8438