Concepções de humanização de profissionais em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal

Autores

  • Cláudia Paresqui ROSEIRO Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento, Programa de Pós-Graduação em Psicologia.
  • Kely Maria Pereira de PAULA Universidade Federal do Espírito Santo, Departamento de Psicologia Social e do Desenvolvimento, Programa de Pós-Graduação em Psicologia.

Palavras-chave:

Estratégias, Humanização da assistência, Recém-nascido, Unidades de Terapia Intensiva

Resumo

Considerando-se a importância das estratégias de humanização e intervenção hospitalar no atendimento ao recém-nascido enfermo, esta pesquisa investigou a concepção de humanização da equipe de profissionais de três Unidades de Terapia Intensiva Neonatal da Região Metropolitana da Grande Vitória, Espírito Santo. Participaram do estudo 29 profissionais de saúde, entre médicos, enfermeiros, fonoaudiólogos, fisioterapeutas e técnicos de enfermagem, os quais responderam a roteiros de entrevistas semiestruturadas. Os dados das entrevistas foram processados pelo software Alceste e submetidos à Análise de Conteúdo. Concluiu-se que os profissionais compreendem o cuidado humanizado a partir do resgate da perspectiva afetiva, em oposição ao modelo médico-tecnicista de atenção à saúde, ou seja, com ênfase nos aspectos emocionais que envolvem sua relação com o bebê e com o trabalho em Neonatologia. A participação da família foi o aspecto mais relevante para os profissionais, que expressaram a importância da permanência dos pais na unidade de terapia e sua participação nos cuidados ao recém-nascido.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Als, H., Duffy, F. H., McAnulty, G. B., Rivkin, M., Vajapeyam,S., Mulkern, R. V., ..., Eichenwald, E.C. (2004). Early experience alters brain function and structure. Pediatrics, 113(4), 846-857.

Alves, C. A., Deslandes, S. F., & Mitre, R. M. A. (2009). Desafios da humanização no contexto do cuidado da enfermagem pediátrica de média e alta complexidade. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, 13(1), 581-94.

Aylward, G. P. (2009). Neonatology, prematurity and developmental issues. In M. C. Roberts, & R. G. Steele, (Eds.), Handbook of pediatric psychology (4th ed., pp.241-253). New York: The Guilford Press.

Bardin, L. (2004). Análise de conteúdo (3ª ed.). Lisboa: Editora 70.

Beck, C. L. C., Gonzales, R. M. B, Denardin, J. M., Trindade, L. de L., & Lautert, L. (2007). A humanização na perspectiva dos trabalhadores de enfermagem. Texto e Contexto Enfermagem, 16(3), 503-510.

Brasil. Ministério da Saúde (2002). Secretaria de Políticas de Saúde. Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: método Canguru: manual do curso. Brasília: Ministério da Saúde. Série A. Normas e Manuais Técnicos.

Brasil. Ministério da Saúde. (2004). Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Política nacional de humanização: a humanização como eixo norteador das práticas de atenção e gestão em todas as instâncias do SUS. Brasília: Ministério da Saúde. Série B. Textos Básicos de Saúde. Recuperado janeiro 20, 2008, de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/humanizaçao/pub_destaques.php

Brasil. Ministério da Saúde. (2005). Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Humaniza SUS e as redes sociais. Brasília: Ministério da Saúde. Série B. Textos Básicos de Saúde. Recuperado janeiro, 20, 2008, de http://bvsms.saude.gov.br/bvs/humanizaçao/pub_destaques.php

Camargo, B. V. (2005). Alceste: um programa informático de análise quantitativa de dados textuais. In A.S.P Moreira, J.C Jesuino, & B.V. Camargo (Orgs.), Perspectivas teórico-metodológicas em representações sociais (pp.511-539). João Pessoa: Editora Universitária da UFPB.

Cortez, M. B. (2006). Maridos dominadores, esposas (in)subordinadas: as implicações do empoderamento feminino e da masculinidade hegemônica na violência conjugal (Dissertação de mestrado não-publicada). Universidade Federal do Espírito Santo.

Costa, S. C., Figueiredo, M. R. B., & Shawrich, D. (2009). A humanização em Unidade de Terapia Intensiva adulto (UTI): compreensões da equipe de enfermagem. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, 13(Supl.1), 571-580.

Cunha, A. C. B., & Benevides, J. (2012). Prática do psicólogo em intervenção precoce na saúde maternoinfantil. Psicologia em Estudo, 17(1), 111-119.

Deslandes, S. F. (2004). Análise do discurso oficial sobre a humanização da assistência hospitalar. Ciência e Saúde Coletiva, 9(1), 7-14.

Deslandes, S. F. (2006). Humanização: revisitando o conceito a partir das contribuições da sociologia médica. In S. F., Deslandes (Org.), Humanização dos cuidados em saúde: conceitos, dilemas e práticas (pp.33-48). Rio de Janeiro: Fiocruz.

Ferreira, J. (2005). O programa de Humanização da saúde: dilemas entre o relacional e o técnico. Saúde e sociedade, 14(3), 111-118.

Goulart, B. N. G., & Chiari, B. M. (2010). Humanização das práticas do profissional de saúde: contribuições para reflexão. Ciência & Saúde Coletiva, 15(1), 255-268.

Hennig, M. A. S., Gomes, M. A. S. M., & Gianini, N.O.M. (2006). Conhecimentos e práticas dos profissionais de saúde sobre a “atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: método canguru”. Revista Brasileira de Saúde Materno Infantil, 6(4), 427-436.

Kernkraut, A. M., & Andreoli, P. B. A. (2008). Humanização em UTI Neonatal. In E. Knobel, P. B. A. Andreoli, & M. R. Erlichman (Orgs.), Psicologia e humanização: assistência aos pacientes graves (pp.271-280). São Paulo: Atheneu.

Lamy, Z. C. (2006). Metodologia Canguru: facilitando o encontro entre o bebê e sua família na UTI Neonatal. In M.E.L. Moreira, N. A. Braga, & D.S. Morsch (Orgs.), Quando a vida começa diferente: o bebê e sua família na UTI Neonatal (pp.141-156). Rio de Janeiro: Editora Fiocruz.

Lamy, Z. C., Gomes, M. A. S. M., Gianini, N. O. M., & Hennig, M. A. S. (2005). Atenção humanizada ao recém-nascido de baixo peso: método canguru: a proposta brasileira. Ciência e Saúde Coletiva, 10(3), 659-668.

Lamy Filho, F, Silva, A. A., Lamy, Z. C., Gomes, M. A., Moreira, M. E., Grupo de Avaliação do Método Canguru, & Rede Brasileira de Pesquisas Neonatais. (2008). Evaluation of the neonatal outcomes of the kangaroo mother method in Brazil. Jornal de Pediatria, 84(5), 428-435.

Martins, A. (2004). Biopolítica: o poder médico e a autonomia do paciente em uma nova concepção de saúde. Interface: Comunicação, Saúde, Educação, 8(14), 21-32.

Nascimento, A. R. A., & Menandro, P. R. M. (2006). Análise lexical e análise de conteúdo: uma proposta de utilização conjugada. Estudos e Pesquisas em Psicologia, 6(2), 72-88.

Oliveira, B. R. G., Lopes, T. A., Viera, C. S., & Collet, N. (2006). O processo de trabalho da equipe de enfermagem na UTI Neonatal e o cuidar humanizado. Texto & Contexto - Enfermagem, 15, 105-113.

Rolim, K. M. C., & Cardoso, M. V. L. M. L. (2006). O discurso e a prática do cuidado ao recém-nascido: refletindo sobre a atenção humanizada. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 14(1), 85-92.

Silveira, S. C., Camargo, B. V., & Crepaldi, M. A. (2010). Assistência ao parto na maternidade: representações sociais de mulheres assistidas e profissionais de saúde. Psicologia: Reflexão e Crítica, 23(1), 1-10.

Venancio, S. I., & Almeida, H. (2004). Método Mãe Canguru: aplicação no Brasil, evidências científicas e impacto sobre o aleitamento materno. Jornal de Pediatria, 80(5), 173-180.

Verás, R. M., Vieira, J. M. F., & Morais, F. R. R. (2010). A Maternidade prematura: o suporte emocional através da fé e religiosidade. Psicologia em Estudo, 15(2), 325-332.

Downloads

Publicado

2023-03-28

Como Citar

ROSEIRO, C. P., & PAULA, K. M. P. de. (2023). Concepções de humanização de profissionais em Unidades de Terapia Intensiva Neonatal. Estudos De Psicologia, 32(1). Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/8116

Edição

Seção

PSICOLOGIA DA SAÚDE