Stress no cotidiano da equipe de enfermagem e sua correlação com o cronótipo

Autores

  • Luciane Ruiz Carmona FERREIRA Universidade Estadual de Campinas
  • Milva Maria Figueiredo DE MARTINO Universidade Estadual de Campinas

Palavras-chave:

Enfermagem, Stress, Trabalho por turno

Resumo

Este estudo teve como propósitoclassificar o cronótipo dos funcionários da equipe de enfermagem e identificar a presença de stress correlacionado ao cronótipo e turno de trabalho. Foi realizado em hospital privado da cidade de Limeira, estado de São Paulo, com 87 sujeitos, dos diferentes setores e turnos de trabalho. Os instrumentos utilizados foram o Inventário de Sintomas de Stress de Lipp e o Questionário de Indivíduos Matutinos e Vespertinos. Verificou-se que 74,7% dos sujeitos estavam adequados ao turno de trabalho; no entanto, 55,4% apresentavam sintomas de stress, demonstrando correlação estatisticamente significativa (Teste Exato de Fisher p=0,035). Verificou-se também stress nos sujeitos com maior tempo de serviço na instituição, com diferença significativa (Teste Exato de Fisher p=0,003). Concluiu-se que a maioria dos sujeitos estava adequada ao turno de trabalho, de acordo com seu cronótipo, porém mesmo nestes indivíduos o stress foi observado, levando à confirmação de dados obtidos em outras pesquisas quanto ao caráter estressante da profissão.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Albrecht, K. (1990). O gerente e o stress. Rio de Janeiro: JZE Editora.

Campos, M. L. P., & De Martino, M. M. F. (2001). Estudos das características cronobiológicas dos enfermeiros docentes: cronótipo. Revista Nursing, 11 (42): 31-34.

Carmelo, S. H. H., & Angerami, E. L. S. (2004). Sintomas de stress nos trabalhadores atuantes em cinco núcleos de saúde da família. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 12 (1), 14-21.

Chang, E. M., Hancock, K. M., Johnson, A., Daly, J., & Jackson, D. (2005). Role stress in nurses: review of related factors and strategies for moving forward. Nursing Health Science, 7 (1), 57-65.

De Martino, M. M. F., & Cipolla-Neto, J. (1999). Repercussões do ciclo vigília-sono e o trabalho em turnos de enfermeiras. Revista de Ciências Médicas, 3 (8): 81-4.

De Martino, M. M. F., & Ceolim, M. F. (2001). Avaliação do cronótipo de um grupo de enfermeiros de hospitais de ensino. Revista de Ciências Médicas, 10 (1):19-27.

De Martino, M. M. F., & Ling, S. Y. (2004). Características cronobiológicas de um grupo de alunos universitários de enfermagem. Revista de Ciências Médicas, 13 (1): 43-49.

Farias, S. N. P., Mauro, M. Y. C., & Zeitoune, R. C. G. (2000). Questões legais sobre a saúde do trabalhador de enfermagem. Revista Enfermagem UERJ, 8 (1), 28-32.

Ferreira, F. G. (1998). Desvendando o stress da equipe de enfermagem em terapia intensiva. Dissertação de mestrado não-publicada, Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo.

Horne, J. A., & Ostberg, O. (1976). A self-assesment questionnaire to determine morningness-eveningness in human circadian rhythms. International Journal Chrobiology, 4 (2), 97-110.

Jenkins, R., & Elliot, P. (2004). Stressors, burnout and social support: nurses acute mental health settings. Journal Advance Nursing, 48 (6), 622-31.

Lida, I. (2001). Ergonomia: projeto e produção. São Paulo: Edgard Blucher.

Lipp, M. E. N., & Tanganelli, M. S. (2002). Stress e qualidade de vida em magistrados da justiça do trabalho: diferenças entre homens e mulheres. Psicologia: Reflexão e Crítica, 15 (3), 537-48.

Lipp, M. E. N., & Malagris, L. E. N. (2001). Manejo do stress. In B. Rangé (Org.), Psicoterapias cognitivo-comportamentais: um diálogo com a psiquiatria. Porto Alegre: Artmed.

Lipp, M. E. N. (1996). Pesquisas sobre stress no Brasil: saúde, ocupações e grupos de risco. Campinas: Papirus.

Lipp, M. E. N. (2000). Manual do Inventário de Sintomas de Stress para Adultos de Lipp (ISSL). São Paulo: Casa do Psicólogo.

Marques, N., & Menna-Barreto L. (1999). Cronobiologia: princípios e aplicações. São Paulo: Edusp.

Miranda, A. F. (1998). Stress ocupacional: inimigo invisível do enfermeiro? Dissertação de mestrado não-publicada, Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão Preto.

Molina, O. F. (1996). Stress no cotidiano. São Paulo: Pancast Editora.

Murofuse, N. T., Abranches, S. S., & Napoleão, A. A. (2005). Reflexões sobre stress e burnout e a relação com a enfermagem. Revista Latino-Americana de Enfermagem, 13 (2), 255-61.

Murta, S. G., & Tróccoli, B. T. (2004). Avaliação de intervenção em stress ocupacional. Revista Psicologia: Teoria e Pesquisa, 20 (1), 39-47.

Pafaro, R. C., & De Martino M. M. F. (2004). Estudo do stress do enfermeiro com dupla jornada de trabalho em um hospital de oncologia pediátrica de Campinas. Revista da Escola Enfermagem USP, 38 (2), 152-60.

Selye, H. (1959). Stress: a tensão da vida. São Paulo: Ibrasa.

Stacciarini, J. M. R., & Tróccoli, B. T. (2001). O stress na atividade ocupacional do enfermeiro. Revista Latino-Americana Enfermagem, 9 (2), 17-25.

Vieira, L. C. (2001). Stress ocupacional em enfermeiros de um hospital universitário da cidade de Campinas. Dissertação de mestrado não-publicada, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Estadual de Campinas.

Downloads

Publicado

2009-03-30

Como Citar

FERREIRA, L. R. C. ., & DE MARTINO, M. M. F. . (2009). Stress no cotidiano da equipe de enfermagem e sua correlação com o cronótipo. Estudos De Psicologia, 26(1). Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/7047