A psicopatologia fenômeno-estrutural e o Rorschach no transtorno de pânico

Autores

  • Anna Elisa de VILLEMOR-AMARAL Universidade São Francisco
  • Renata da Rocha Campos FRANCO Universidade São Francisco
  • Flávia Helena Zanetti FARAH Universidade São Francisco

Palavras-chave:

Ansiedade, Psicopatologia fenômeno-estrutural, Teste de Rorschach, Técnicas projetivas

Resumo

Objetivou-se verificar a ocorrência de mecanismos ou dinâmicas típicas de pacientes com transtorno de pânico, considerando os princípios da psicopatologia fenômeno-estrutural. Participaram quatro pacientes diagnosticados pela SCID-I, que responderam à tarefa proposta pelo método de Rorschach. As interpretações tiveram como base os mecanismos de ligação e corte. Os resultados não demonstraram um padrão de funcionamento psíquico nos pacientes, mas, no que diz respeito a esses mecanismos, evidenciaram queda de qualidade e deslizes de pensamento na transição entre os mecanismos de corte e ligação. Quando o estilo predominante era o epilepto-sensorial, observaram-se perdas na qualidade das associações nas passagens para o mecanismo de corte, diferentemente do estilo esquizo-racional, que demonstrava fracasso na integração quando os pacientes usavam o mecanismo de ligação. Conclui-se que a percepção e a comunicação foram mais adequadas quando estavam presentes os mecanismos de ligação para o estilo epilepto-sensorial, sendo, em contrapartida, o mecanismo de corte mais eficiente para um estilo esquizo-racional.

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Publicado

2008-03-31

Como Citar

VILLEMOR-AMARAL, A. E. de, FRANCO, R. da R. C. ., & FARAH, F. H. Z. . (2008). A psicopatologia fenômeno-estrutural e o Rorschach no transtorno de pânico. Estudos De Psicologia, 25(1). Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/6979