Os significados da reforma psiquiátrica para os trabalhadores de saúde mental de Goiânia

Autores

  • Ionara Vieira Moura RABELO Universidade Paulista
  • Ana Raquel Rosas TORRES Universidade Católica de Goiás

Palavras-chave:

Reforma psiquiátrica, Percepção do trabalhador, Profissionais de saúde mental

Resumo

Este trabalho teve como objetivo geral investigar a percepção dos trabalhadores de serviços de saúde mental do município de Goiânia sobre a reforma psiquiátrica. Foram entrevistados 180 profissionais que trabalham em serviços de saúde mental de Goiânia. Os questionários foram aplicados individualmente no local e horário de trabalho dos profissionais, com tempo médio de trinta minutos para responder. Para a análise dos dados, realizou-se a categorização das respostas abertas, tendo sido encontrada, nos dois tipos de serviços, uma maior ênfase em aspectos técnico-assistenciais, o que reduz a uma prática todos os construtos e embates pertinentes ao campo da reforma psiquiátrica. Os trabalhadores referem-se à política da humanização dos serviços, que apenas provoca a maquilagem da assistência, mas não consegue se aproximar da desinstitucionalização proposta pelo paradigma psicossocial.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Amarante, P. (Org.). (1995). Loucos pela vida: a trajetória da reforma psiquiátrica no Brasil. Rio de Janeiro: Fiocruz.

Amarante, P. (1996). O homem e a serpente: outras histórias para a loucura e a psiquiatria. Rio de Janeiro: Fiocruz.

Amarante, P. (1999). Manicômio e loucura no final do século e do milênio. In M. I. A. Fernandes, I. R. Scarcelli & E. S. Costa (Orgs.), Fim de século: ainda manicômios? (pp.47-53). São Paulo: IPUSP.

Bezerra, B., & Amarante, P. D. C. (Orgs.) (1992). Psiquiatria sem hospício: contribuições ao estudo da reforma psiquiátrica. Rio de Janeiro: Relume-Dumará.

Campos, C. M. S., & Soares, C. B. (2003). A produção de serviços de saúde mental: a concepção de trabalhadores. Ciência & Saúde Coletiva,8 (2), 621-628.

Delgado, P. G. G. (2000). Perspectivas da psiquiatria pós-asilar no Brasil. In S. A. Tundis & N. R. Costa (Orgs.), Cidadania e loucura: políticas de saúde mental no Brasil (6a ed., pp.171-202). Petrópolis: Vozes.

Ministério da Saúde. (2002). Legislação em saúde mental (3a. ed.). Brasília: Série Legislação em Saúde.

Ministério da Saúde. (2004). Legislação em saúde mental: 1990-2004 Brasília: Ministério da Saúde.

Ministério da Saúde. (2005). Reforma psiquiátrica e política de saúde mental no Brasil (Documento apresentado à Conferência Regional de Reforma dos Serviços de Saúde Mental: 15 anos depois de Caracas). Brasília: Ministério da Saúde.

Oliveira, A. G. B., & Alessi, N. P. (2005). Cidadania: instrumento e finalidade do processo de trabalho na reforma psiquiátrica. Ciência & Saúde Coletiva, 10 (1), 191-203.

Rotelli, F. (2001). A instituição inventada. In F. Nicácio (Org.), Desinstitucionalização (2a ed., pp.89-90). São Paulo: Hucitec.

Rotelli, F., Leonardis, O., & Mauri, D. (2001). Desinstitucionalização, uma outra via. In F. Nicácio (Org.), Desinstitucionalização (2a ed.,pp.17-59). São Paulo: Hucitec.

Sampaio, J. J. C. (1994). Hospital psiquiátrico público no Brasil: a sobrevivência do asilo e outros destinos possíveis (Vol.1-3). Fortaleza: Escola de Saúde Pública Dr. Paulo Marcelo Martins Rodrigues.

Tundis, S. A., & Costa, N. R. (Orgs.) (2000). Cidadania e loucura: políticas de saúde mental no Brasil (6. ed.). Petrópolis: Vozes.

Downloads

Publicado

2006-09-30

Como Citar

RABELO, I. V. M., & TORRES, A. R. R. (2006). Os significados da reforma psiquiátrica para os trabalhadores de saúde mental de Goiânia. Estudos De Psicologia, 23(3). Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/estpsi/article/view/6794