Fatores de risco para complicações pulmonares no pós-operatório de cirurgia de megaesôfago

uma visão fisioterapêutica

Autores

  • Andrea Assunção Neto
  • Karla da Silva Eichler
  • Loriene Monteiro da Silva Soares
  • Rafaela Julia Batista veronezi
  • Astrogilda da Silva

Palavras-chave:

Acalosia Esofágica, Cirurgia torácica, Fisioterapia, Pneumopatias

Resumo

Foram pesquisados os fatores de risco para complicações pulmonares que acometem os pacientes submetidos à cirurgia de megaesôfago chagásico, bem como a importância da atuação fisioterapêutica pré e pós-operatória. A partir de análise sistemática da literatura médica no período de 2000 a 2007, nos bancos de dados eletrônicos Bireme, Lilacs e SciELO, foi observado que pacientes com megaesôfago chagásico com idade avançada, desnutrição, tabagismo, doenças pulmonares prévias ou outras comorbidades têm risco aumentado de desenvolver complicações pulmonares pós-operatórias. Além disso, o tipo de anestésico empregado e o tempo de duração da cirurgia também influenciam o desenvolvimento de tais complicações. As complicações pulmonares mais citadas na literatura são pneumonia, atelectasia, derrame pleural, insuficiência respiratória aguda e traqueobronquite. A abordagem fisioterapêutica precoce minimiza os riscos, prevenindo as complicações e acelerando a restauração da função pulmonar. O conhecimento prévio dos fatores de risco relacionados às complicações pulmonares é uma estratégia eficaz no tratamento dos pacientes submetidos à cirurgia esofágica, diminuindo o índice de morbimortalidade. A intervenção fisioterapêutica pré e pós-operatória é referida como parte integrante do tratamento destes pacientes, principalmente na identificação e prevenção de alguns fatores de risco.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Dantas RO. Hipocontratilidade do esôfago em pacientes com doença de Chagas e pacientes com acalásia idiopática. Arq Gastroenterol. 2000; 37(1):35-41.

Conceição AS. Resultados intra e pós-operatórios imediatos do tratamento do megaesôfago não avançado pela técnica de pinotti modificada, por via laparoscópica: estudo prospectivo em 100 pacientes [tese]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; 2007.

Silva SA. Estudo caso controle de fatores associados cardiopatia chagásica em pacientes com mais de 50 anos [dissertação]. Belo Horizonte: Universidade Federal de Minas Gerais; 2006.

Dantas RO. Comparação entre acalásia idiopática e acalásia consequente à Doença de Chagas: revisão de publicações sobre o tema. Arq Gastroenterol, 2003; 40(2):126-30.

Crema E, Cruvinel LAF. Werneck AM. Oliveira RM e Silva AA. Correlação manométrico-radiológica e sua importância no tratamento do megaesôfago chagásico. Rev Soc Bras Med Trop. 2003; 36(6):665-9.

Celano RMG, Neto JE, Bottoni A, Gagliardi D. Avaliação nutricional pré-operatória dos pacientes com Megaesôfago não-avançado. Rev Col Bras Cirur. 2007; 34 (3):147-52.

Sanchez-Lerrnem RLP, Dick E. Sintomas do trato digestivo superior e distúrbios motores do esôfago em pacientes portadores da forma indeterminada da doença de Chagas crônica. Rev Soc Bras Med Trop. 2007; 40(2):197-203.

Pajecki D. Estudo da redução do nitrato e da produção de compostos N-nitrosos na luz esofágica, mediadas por bactérias, em pacientes portadores de megaesôfago não avançado [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2005.

Figueredo SS, Carvalho TN, Nóbrega BB, Ribeiro FAS. Caracterização radiográfica das manifestações esofagogastrointestinais da doença de Chagas. Radiol Bras. 2002; 35(5):293-7.

Rocha JRM, et al. Esofagectomia com gastroplastia para o tratamento do megaesôfago avançado. In Nakano SMS, Faintuch J, Cecconello l. Megaesôfago chagásico: avaliação e tratamento clínico cirúrgico. Goiânia: Editora da UCG; 2006. p.213-9.

Gagliardi D, Poccini CC. Indicações e contra-indicações do tratamento cirúrgico do megaesôfago. In: Nakano SMS, Faintuch J, Cecconello l. Megaesôfago chagásico: avaliação e tratamento clínico cirúrgico. Goiânia: Editora da UCG; 2006. p.143-61.

Valezi AC, Mali J, Marson AC, Brito EM. Souza iCL. Tratamento do megaesôfago chagásico grau II por taparoscopia: experiência em 12 casos. Rev CoI Bras Cirur. 2004; 31 (3):148-53.

Ceneviva R, Ferreira-Santos R, Santos JS. Mente ED. Sankarakutty AK. Alterações cronológicas do perfil dos pacientes e da modalidade de tratamento cirúrgico do megaesôfago chagásico. Acta Cir Bras. 2002; 17 (Suppl:3):125-8.

Aquino JLB, Avaliação da anastomose esofagogástrica cervical com sutura mecânica em pacientes com megaesôfago avançado. Rev Col Bras Cirur. 2005; 32(3): 143-6.

Gagliardi D, Corsi PR, Frimm CE, Fava J. Câncer de esôfago: complicações e letalidade hospitalar. Rev Col Bras Cirur. 2004; 31(1):2-9.

Tomasich FDS, Valladares GCG. Dernarchi VCA. Gagliardi D. Influência do local da anastomose (cervical ou torácica> na morbi-mortalidade das esofagectornias. Rev Bras Cancerol. 2003; 49(1):47-54.

Belfinetti LM, Thomson JC. Avaliação muscular respiratória nas toracotomias e laparotomias superiores eletivas. J Bras Pneumol. 2006; 32(2):99-105.

Filardo FA, Faresin SM. Fernandes ALG. Validade de um índice prognóstico para ocorrência de complicações pulmonares no pós-operatório de cirurgia abdominal alta, Rev Assoc Med Bras. 2002; 48(3):209-16.

Paisani DM, Benassule E. Chiavegato LD. Fisioterapia em cirurgia abdominal. In: Sarmento GJV. Fisioterapia respiratória no paciente crítico: rotinas clínicas Barueri: Manole; 2007. p.318-22.

Law S, Wong KM, Kwok KF. Chu KM, Wong J. Predictive factors for postoperative pulmonary complications and mortality after esophagectomy for cancer. Ann Surg. 2004; 240(5):791-800.

Lunardi AC. Efeito da fisioterapia respiratória nas complicações pulmonares pós-operatórias em pacientes submetidos à esofagectomia [dissertação online] Universidade de São Paulo; 2006. [acesso em 2007 maio 14]. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5163/tde-23012007-173005/>.

Alves L, Zilberstein B. Trevenzol HP. Penhavel FAZ, Neder J. Operação de Serra-Dória no tratamento do megaesôfago chagásico avançado: resultados imediatos ABCD Arq Bras Cirur Dig. 2003; 16(3):120-3.

Nakano SMS. Avaliação dos resultados tardios de megaesôfago chagásico avançado operado pela técnica de esofagectomia com gastroplastia e operação de Serra Dória: estudo clínico, nutricional, endoscópico, anatomopatológico e avaliação da qualidade de vida [tese]. São Paulo: Universidade de São Paulo; 2005.

Paisani DM, Benassule E, Chiavegato LD. Cirurgia abdominal. In: Sarmento GJV. Fisioterapia respiratória no paciente crítico: rotinas clínicas. Barueri: Manole, 2007b; p.31 5-7.

Ysayama L. A influência do condicionamento muscular respiratório pré-operatório na recuperação de pacientes submetidos à cirurgia de esôfago: uma visão fisioterápica [dissertação]. Campinas: Universidade Estadual de Campinas Faculdade de Ciências Médicas; 2004.

West JB. Fisiologia respiratória moderna. São Paulo Manole; 2002.

Hu J, Li R, Sun, L, Ni Y. Comparison of influence of esophageal carcinoma operations on pulmonary function. European J Cardio-thoracic Surg. 2005 28(1): 16-8.

Garcia-Neto J, Cleva R, Zilbertein B, Gama-Rodigues JJ. Avaliação do risco cirúrgico no paciente portador de megaesôfago chagásico e sua relação com o grau de dilatação. ABCD Arq Bras Cirur DIG. 2004; 17(1):42-5.

Diretrizes Para Teste de Função Pulmonar Pneumol. 2002; 28(3)1-82.

Downloads

Publicado

2008-12-31

Como Citar

Assunção Neto, A., Eichler, K. da S., Soares, L. M. da S., veronezi, R. J. B., & Silva, A. da. (2008). Fatores de risco para complicações pulmonares no pós-operatório de cirurgia de megaesôfago: uma visão fisioterapêutica. Revista De Ciências Médicas, 17(3/6). Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/cienciasmedicas/article/view/756

Edição

Seção

Atualização