Prevalência e caracterização dos casos de mielomeningocele no Rio Grande do Norte

Autores

  • Aurigena Antunes de Araújo Universidade do Rio Grande do Norte
  • Graziene Lopes de Souza Universidade do Rio Grande do Norte
  • Gustavo Henrique Azevedo Brandão Universidade do Rio Grande do Norte
  • Yonara Monique da Costa Oliveira Universidade do Rio Grande do Norte
  • Heveline Gomes do Nascimento Instituto de Radiologia de Natal e Hospital Miguel Arraes
  • Maria do Socorro Costa Feitosa Alves Universidade do Rio Grande do Norte

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0897v21n1/6a1872

Palavras-chave:

Fatores de risco, Meningomielocele, Prevalência

Resumo

Objetivo

Identificar o coeficiente de prevalência e caracterizar os casos de crianças com mielomeningocele.

Métodos

Foi realizado um levantamento dos casos ocorridos de mielomeningocele no Hospital Infantil Varela Santiago, Rio Grande do Norte, nos anos 2004 e 2005. Foi aplicado um questionário com as variáveis: sexo da criança, má-formação congênita associada, escolaridade da mãe, renda familiar, tipo de água, tipo de farinha, assistência social, diagnóstico pré-natal de mielomeningocele e história familiar da doença.

Resultados

O coeficiente de prevalência em 2004 foi de 6:10.000 nascidos-vivos, enquanto, em 2005, foi de 2:10.000 nascidos-vivos. Um percentual de 59,1% dos pacientes foi do sexo masculino, sendo a má-formação associada à mielomeningocele a hidrocefalia, em 82,6% dos casos. Em 56,5% das famílias entrevistadas, a renda mensal era menor ou igual a um salário-mínimo. A água consumida em 91,0% das famílias era encanada. A farinha de mandioca caseira foi consumida em 50,0%. Apenas 4,3% das crianças apresentavam assistência social. Quanto à escolaridade, 47,8% das mães tinham ensino fundamental incompleto (menos de quatro anos de estudo). Todas as mães realizaram pré-natal, sendo que 40,9% iniciaram apenas no segundo trimestre de gestação. Em somente 22,7% das crianças foi dado o diagnóstico pré-natal de mielomeningocele por meio do exame ultrassonográfico. Em relação ao histórico familiar, 13,6% dos pais relataram mielomeningocele na família. Finalmente, quanto à utilização de suplementos, 13,6% não fizeram suplementação de vitaminas, e apenas 21,1% fizeram uso do ácido fólico.

Conclusão

O estudo chama a atenção para o fato de que parte das mães iniciou o pré-natal no segundo trimestre de gestação, com o agravante de que a doença, na maior parte das vezes, não foi diagnosticada no exame ultrassonográfico. O estudo aponta a necessidade de ações educativas na área de saúde da mulher, com melhoria na qualidade dos serviços de diagnóstico.

 

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Biografia do Autor

Aurigena Antunes de Araújo, Universidade do Rio Grande do Norte

1 Universidade do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas e do
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. R. Gal Gustavo Cordeiro de Farias, s/n., 2º andar, Petropólis, Natal, RN, Brasil.
Correspondência para/Correspondence to: AA ARAÚJO. E-mail: <aurigena@ufrnet.br>.

Graziene Lopes de Souza, Universidade do Rio Grande do Norte

1 Universidade do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas e do
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. R. Gal Gustavo Cordeiro de Farias, s/n., 2º andar, Petropólis, Natal, RN, Brasil.

Gustavo Henrique Azevedo Brandão, Universidade do Rio Grande do Norte

1 Universidade do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas e do
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. R. Gal Gustavo Cordeiro de Farias, s/n., 2º andar, Petropólis, Natal, RN, Brasil.

Yonara Monique da Costa Oliveira, Universidade do Rio Grande do Norte

1 Universidade do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Programa de Pós-Graduação em Ciências Farmacêuticas e do
Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde. R. Gal Gustavo Cordeiro de Farias, s/n., 2º andar, Petropólis, Natal, RN, Brasil.

Heveline Gomes do Nascimento, Instituto de Radiologia de Natal e Hospital Miguel Arraes

Instituto de Radiologia de Natal e Hospital Miguel Arraes. Natal, RN, Brasil.

Maria do Socorro Costa Feitosa Alves, Universidade do Rio Grande do Norte

3 Universidade do Rio Grande do Norte, Centro de Ciências da Saúde, Departamento de Odontologia. Natal, RN, Brasil.

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Publicado

2012-12-31

Como Citar

Araújo, A. A. de, Souza, G. L. de, Brandão, G. H. A., Oliveira, Y. M. da C., Nascimento, H. G. do, & Alves, M. do S. C. F. (2012). Prevalência e caracterização dos casos de mielomeningocele no Rio Grande do Norte. Revista De Ciências Médicas, 21(1/6), 55–61. https://doi.org/10.24220/2318-0897v21n1/6a1872

Edição

Seção

Artigos Originais