Desafios para organização do rastreamento do câncer no colo uterino em um município da região metropolitana do Recife
DOI:
https://doi.org/10.24220/2318-0897v21n1/6a1871Palavras-chave:
Atenção primária à saúde, Neoplasias do colo uterino, Serviços de saúdeResumo
Objetivo
Identificar os principais entraves para a realização do rastreamento do câncer do colo uterino, em um município de grande porte da Região Metropolitana de Recife.
Métodos
O percurso metodológico se deu a partir de investigação do banco de dados do programa Sistema de Informação do Câncer do Colo do Útero e entrevistas com profissionais de saúde além do mapeamento das áreas de incidência.
Resultados
As análises realizadas apontaram números preocupantes, pois as informações dos anos de 2008 revelam uma média de 18 mil citologias nos quatro anos, o que corresponde à média necessária para um mês, a partir do parâmetro estabelecido em Portaria Ministerial. Algumas Unidades de Saúde não possuem registro do procedimento no Sistema de Informação da Atenção Básica. Quanto à captação das mulheres para realizar o exame, destacam-se problemas, como a escassez dos espéculos descartáveis, lâminas e escovas no posto de coleta. O número de profissionais é insuficiente, assim como, a estrutura física das salas inadequada.
Conclusão
Como conclusão, o trabalho aponta para a necessidade de adoção das estratégias adequadas para intensificação do rastreamento do câncer do colo, com vistas à intervenção nos óbitos evitáveis.
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