Gastos públicos diretos com a obesidade e doenças associadas no Brasil

Autores

  • Rafaello Pinheiro Mazzoccante Universidade Católica de Brasília
  • José Fernando Vila Nova de Moraes Universidade Católica de Brasília, Universidade Federal do Vale do São Francisco
  • Carmen Sílvia Grubert Campbell Universidade Católica de Brasília

DOI:

https://doi.org/10.24220/2318-0897v21n1/6a1869

Palavras-chave:

Avaliação em saúde, Economia hospitalar, Obesidade, Sobrepeso

Resumo

Objetivo

Analisar os gastos com obesidade e doenças associadas por meio da descrição dos números disponibilizados pelo Serviço de Informações Hospitalares do Sistema Único de Saúde do Brasil.

Métodos

A seleção dos dados englobou o valor total pago para o tratamento da obesidade, diabetes, hipertensão arterial e infarto agudo do miocárdio, entre 2008 e 2011, para todas as regiões do país, todas as raças, ambos os sexos e as faixas etárias de indivíduos até 29 anos, entre 30 e 59 anos e acima de 60 anos.

Resultados

No período estudado, o gasto médio com o tratamento da obesidade foi de R$25.404.454,87, sendo constatado um aumento de R$16.260.197,86 entre 2008 e 2011. Para o diabetes, o gasto médio nestes quatro anos foi de R$78.471.7365,08, com um aumento de R$25.817.762,98 entre o primeiro e o último ano. O tratamento do infarto agudo do miocárdio, por sua vez, custou, em média, R$197.615.477,67, com incremento de R$93.673.355,73. Já o custo do tratamento da hipertensão arterial manteve-se relativamente estável, com média de R$43.773.393,48 e aumento de apenas R$1.679.789,79. Entre os sexos, as mulheres custaram mais que os homens, exceto para o infarto agudo do miocárdio. As Regiões Sul, Sudeste e Nordeste revelaram maiores gastos nos tratamentos das enfermidades. Por fim, os indivíduos brancos foram os mais onerosos para o Sistema Único de Saúde.

Conclusão

Seguindo o aumento da prevalência de excesso de peso no País, é possível verificar o concomitante aumento dos gastos com o tratamento da obesidade e doenças associadas.

 

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Biografia do Autor

Rafaello Pinheiro Mazzoccante, Universidade Católica de Brasília

1 Mestrando, Universidade Católica de Brasília, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em
Educação Física. QS 07, Lote 1, Bloco G, Sala 119, Campus I, Águas Claras, Taguatinga, 72966-700, Brasília, DF, Brasil. Correspondência
para/Correspondence to: RP MAZZOCCANTE. E-mail: <rafa_mazzoccante@hotmail.com>.

José Fernando Vila Nova de Moraes, Universidade Católica de Brasília, Universidade Federal do Vale do São Francisco

2 Doutorando, Universidade Católica de Brasília, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu
em Educação Física. Brasília, DF, Brasil.
4 Universidade Federal do Vale do São Francisco, Colegiado de Educação Física. Petrolina, PE, Brasil.

Carmen Sílvia Grubert Campbell, Universidade Católica de Brasília

2 Doutorando, Universidade Católica de Brasília, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu
em Educação Física. Brasília, DF, Brasil.
3 Universidade Católica de Brasília, Pró-Reitoria de Pós-Graduação e Pesquisa, Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Educação
Física. Brasília, DF, Brasil.

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Publicado

2012-12-31

Como Citar

Mazzoccante, R. P., Moraes, J. F. V. N. de, & Campbell, C. S. G. (2012). Gastos públicos diretos com a obesidade e doenças associadas no Brasil. Revista De Ciências Médicas, 21(1/6), 25–34. https://doi.org/10.24220/2318-0897v21n1/6a1869

Edição

Seção

Artigos Originais