Demora para diagnosticar a entrometriose pélvica em serviço público de ginecologia em Campinas

Autores

  • Arlete Maria dos Santos Fernandes
  • Maria Sílvia Ribeiro da Silva
  • Bianca de Oliveira Armani
  • Celina de Azevedo Sollero
  • Elza Mitiko Yamada
  • Alessandra Quintino
  • Daniela Fornel de Oliveira

Palavras-chave:

endometriose, intervalo diagnostico, infertilidade feminina, dismenorreia

Resumo

Objetivo
Determinar o Intervalo de tempo decorrido entre os sintomas iniciais até o diagnóstico de endometriose e estádio da doença.
Método
Estudo retrospectivo dos prontuários de 52 mulheres portadoras de endometriose no período de janeiro de 1996 a dezembro de 2000. As variáveis estudadas foram idade da mulher no momento do diagnóstico e no início da queixa, antecedente de dismenorréia e esterilidade, intervalo desde a queixa inicial até o diagnóstico e estádio da doença segundo critérios da American Society for Reproductive Medicine.
Resultado
A idade média no início dos sintomas e no diagnóstico foi de 26,9 e 30,6 anos respectivamente. O estádio da doença foi avançado em 65,3% das mulheres e não houve variação dos intervalos diagnósticos entre os diferentes estádios. Mulheres com história de esterilidade tiveram maior demora para o diagnóstico (mediana de 4 anos) que as mulheres com dismenorréia (mediana de 2 anos e 5 meses), p=0,03.
Conclusão
É preciso estar atento para o diagnóstico precoce da endometriose pélvica em mulheres jovens, já que a demora na indicação da laparoscopia leva ao diagnóstico tardio e ao comprometimento do futuro reprodutivo destas mulheres. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

Koninckx PR, Meuleman C, Demeyere S, Lesaffre E, Cornillie FJ. Suggestive evidence that pelvic endometriosis is a progressive disease, whereas deeply infiltrating endometriosis is associated with pelvic pain. Fertil Steril 1991; 55:759-65.

Wheeler JM_ Epidemiology and prevalence of endometriosis. lnfertil Reprod Med Clin N Am 1992; 3:545-9.

Hadfield R, Mardon H, Barlow D, Kennedy S. Delay in the diagnosis of endometriosis: a survey of women from the USA and UK. Hum Repr 1996; 11 (4):878-80.

Abrão MS, Dias Jr JA, Podgaec S. ln: Abrão MS. Fisopatologia e quadro clínico da endometriose. ln: Endometriose: uma visão contemporânea. Rio de Janeiro: Revinter; 2000. p.58.

American Society for Reproductive Medicine. Revised American Society for Reproductive Medicine classification of endometriosis. Fertil Steril 1997; 67:817-21.

Sangi-Hagh peyar H, Poindexter Ili AN. Epidemiology of endometriosis among parous women. Obstet Gynecol 1995; 85:983-92.

Olive DL, Schwartz LB. Endometriosis. N Engl J Med 1993; 328: 1759-68.

Dmowsky WP, Lesniewicz R, Rana N, Pepping P, Noursalehi M. Changing trends in the diagnosis of endometriosis: a comparative study of women with pelvic endometriosis presenting with chronic pelvic pain or infertility. Fertil Steril 1997; 67:238-43.

Arruda MS, Petta CA, Abrão MS, Benetti-Pinto C. L. Time elapsed from onset of symptoms to diagnosis of endometriosis in a cohort study of Brazilian women. Hum Repr 2003; 18: 1-4.

Nagata Y. The diagnosis and treatment of endometriosis the current situation in Japan. ln: The Parthenon Publishing Group Ltd. (eds) New concepts in the diagnosis and treatment of genital endometriosis. New Jersey; 1988. p.35-47.

Downloads

Publicado

2003-06-25

Como Citar

Fernandes, A. M. dos S., Silva, M. S. R. da, Armani, B. de O., Sollero, C. de A., Yamada, E. M., Quintino, A., & Oliveira, D. F. de. (2003). Demora para diagnosticar a entrometriose pélvica em serviço público de ginecologia em Campinas. Revista De Ciências Médicas, 12(2). Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/cienciasmedicas/article/view/1264

Edição

Seção

Artigos Originais