Diagnósticos mais freqüentes em serviço de emergência para adulto de um hospital universitário
Palavras-chave:
adulto, medicina de emergência, serviços médicos de emergência, testes diagnósticos de rotinaResumo
Objetivo
Realizar estudo analítico dos diagnósticos mais freqüentes em serviço de emergência para adulto de hospital universitário, bem como relacioná-los com suas respectivas condutas diagnósticas e terapêuticas.
Métodos
Foi conduzido estudo retrospectivo das fichas de atendimento do serviço de emergência para adulto realizado durante cinco meses, no ano de 2001. Levantaram-se dados sobre sexo, idade, procedência, hipótese diagnóstica, emergência do quadro apresentado, exames solicitados, conduta adotada, destino dado aos pacientes e anotações ilegíveis em fichas de atendimento, totalizando-se 729 análises.
Resultados
Obteve-se como resultado da análise que pacientes do sexo masculino pertencentes à faixa etária entre 21 e 40 anos corresponderam à principal
demanda. Quanto aos quadros clínicos apresentados, verificou-se que pequenos traumas e ferimentos corto-contusos foram os principais, seguidos de sintomas gerais e alterações do sistema respiratório. Grande parte dos casos não necessitava de atendimento médico de emergência. Quanto aos exames mais solicitados, têm-se os raios X e o hemograma. Ao analisar as hipóteses diagnósticas, verificou-se que os principais exames solicitadosnos pequenos traumas foram os raios X; nas pneumonias, os raios X e o hemograma; e nas cardiopatias isquêmicas, enzimas cardíacas, eletrocardiograma e eletrólitos. Quanto ao destino dado aos pacientes, verificou-se que a grande maioria não possuía qualquer menção de seu encaminhamento relatado na ficha. Em relação à legibilidade das anotações nas fichas, verificou-se que parcela expressiva encontrava-se parcial ou totalmente ilegível.
Conclusão
Os diagnósticos mais freqüentes foram pequenos traumas, sintomas gerais e distúrbios respiratórios. Constataram-se coerência e homogeneidade na correlação entre as hipóteses diagnósticas e os exames solicitados. Há falta de registro do destino dado aos pacientes e alta porcentagem de anotações ilegíveis nas fichas. Propõem-se novo modelo de ficha de atendimento e conscientização dos profissionais envolvidos no processo.
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