Avaliação do aluno, proteção da sociedade

Resumo

Em recente apreciação do ensino médico brasileiro, Fraga Filho caracterizou, expressivamente, suas últimas décadas: a de 60 foi a da expansão, quando cresceram a rede de escolas - só em 1968, criaram-se treze - e o número de matrículas iniciais nas já existentes; a de 70, a dos conceitos, marcada pelos movimentos a favor da formação do médico geral e dos cuidados primários de saúde, por iniciativas de modernização educacional, introdução da Pedagogia Médica e da prática da interdisciplinaridade, e experiências inovadoras de colaboração da escola médica com os serviços de saúde; a de 80, a das denúncias relativas à qualidade do ensino, que resultaram em prorrogações sucessivas da proibição de abertura de cursos, definição de requisitos mínimos para tal abertura e, por fim, no decreto que dispõe sobre o assunto. A década de 90 é a da avaliação, traduzida na continuidade do trabalho da Comissão Interinstitucional Nacional de Avaliação do Ensino Médico (CINAEM), no interesse crescente de professores e alunos pelo tema, na indicação de novos procedimentos de avaliação do aluno em reformulações curriculares em andamento e na decisão do MEC de submeter a exame os concluintes do curso de graduação.