Restrição alimentar de carboitratos no tratamento da obesidade
Palavras-chave:
dieta, obesidade, restrição de carboidratoResumo
Alterações nos padrões alimentares associados ao aumento do sedentarismo têm sido relacionadas com a epidemia da obesidade, doença que envolve interação complexa entre fatores genéticos e metabólicos entre outros. O excesso de peso está associado ao risco de doença aterosclerótica, diabetes mellitus tipo 2 e certos tipos de cânceres, além de provocar efeitos adversos no metabolismo, como aumento da pressão arterial, dislipidemias e resistência à insulina. No tratamento da obesidade é importante considerar todos os fatores causais, sendo indicada atuação multidisciplinar. É recomendada mudança no estilo de vida, mas, em alguns casos, são necessários medicamentos ou mesmo intervenção cirúrgica. Dentre as intervenções nutricionais, as dietas com restrição de carboidratos têm se tornado cada vez mais populares. Este trabalho buscou apresentar os principais resultados de estudos do últimos dez anos referentes a dietas restritas em carboidratos como parte do tratamento da obesidade. Os estudos mostram-se bastante heterogêneos, dificultando a comparação entre eles. A perda de peso parece estar mais relacionada à restrição energética, responsável por balanço energético negativo, do que com o conteúdo de carboidrato das dietas. Embora alguns autores relatem melhora do perfil lipídico, da glicemia e da insulinemia, relacionada às dietas restritas em carboidratos, ainda estamos distantes de um consenso. Concluiu-se, portanto, que ainda não há evidências suficientes para recomendações de tais dietas.
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