Metazoários parasitas de Astyanax altiparanae (Pisces: Characidae) na Fazenda Rio das Pedras, Campinas, SP, Brasil

Autores/as

  • Gabriela Brandão Azevedo
  • Rubens Riscala Madi
  • Marlene Tiduko Ueta

Palabras clave:

Metazoários parasitas, Astyanax altiparanae, Índices epidemiológicos

Resumen

Neste trabalho, foi caracterizada a fauna helmintológica de Astyanax altiparanae presentes em lagos e tanques da Fazenda Rio das Pedras, Campinas (SP), comparando-se a influência dos diferentes corpos d’água, do sexo e do estádio de maturidade sexual dos peixes no parasitismo. As coletas foram realizadas mensalmente, durante o período de maio de 2004 a maio de 2005. Os helmintos parasitos encontrados foram fixados, identificados, e foi determinada a prevalência (P), a intensidade de infecção (I) e a abundância (A). Nos peixes coletados (n=67), encontrou-se Urocleidoides astyanacis (Monogenea) nas brânquias (P=91%; I=9,21; A=8,39), metacercária de Clinostomidae (Trematoda) na superfície corporal (P=85%; I=11,62; A=9,89), metacestódeos de Proteocephalidea (Cestoda) na cavidade geral (P=71% I=479,3 A=195,6), adultos de Senga sp. (Cestoda) nos cecos pilóricos (P=4%; I=3,33; A=0,13), larvas de Contracaecum sp. (P=4%; I=1; A=0,04), Procamallanus (Spirocamallanus) inopinatus (Nematoda) no intestino e cecos pilóricos (P= 19%;I=1,23; A=0,24). Todos os indivíduos apresentaram-se parasitados por, pelo menos, uma espécie de parasito. As larvas de Proteocephalidea e P. inopinatus foram encontradas apenas nos lagos, que apresentaram também maior intensidade de monogêneas e metacercárias, enquanto Senga sp. foi encontrado somente nos tanques. O sexo e o estádio de maturidade não influenciaram no parasitismo.

Descargas

Los datos de descargas todavía no están disponibles.

Citas

Andrade, D.R.; Godinho, H.P.; Ribeiro, S.P. & Castro, E.F.T. (1985). Ciclo reprodutivo anual de lambaris (Astyanax bimaculatus Linnaeus, 1758) em viveiros. Arquivo Brasileiro de Medicina Veterinária e Zootecnia, 37(5):435-47.

Barbieri, G. & Marins, M.A. (1995). Estudo da dinâmica da reprodução de fêmeas de Astyanax bimaculatus (Linnaeus, 1758) da Represa do Lobo, Estado de São Paulo (Osteichthyes, Characidae). Arquivos de Biologia e Tecnologia, 38(4):1191-7.

Bashirullah, A.K.M. & Ahmed, B. (1976). Larval development of Spirocamallanus intestinecolas (Bashirullah, 1973) Bashirullah, 1974 in copepods. Rivista di Parassitologia, 37(2-3):303-11.

Bush, A.O.; Lafferty, K.D.; Lotz, J.M. & Shostak, A.W. (1997). Parasitology meet ecology on its own terms: Margolis et al. revisited. The Journal of Parasitology, 83(4): 575-83.

Cañeda-Guzman, I.C.; De Chambrier, A. & Scholz, T. (2001). Thaumasioscolex didelphidis n. gen., n. sp. (Eucestoda: Proteocephalidae) from the black-eared opossum Didelphis marsupialis from Mexico, the first proteocephalidean tapeworm from a mammal. The Journal of Parasitology, 87(3):639-46.

Chubb, J.C. (1979). Seasonal ocurrence of helminths in freshwater fishes. Part II. Trematoda. Advances in Parasitology, 17(fascículo único):141-313.

Dias, M.L.G.G.; Eiras, J.C.; Machado, M.H.; Souza, G.T.R. & Pavanelli, G.C. (2003). The attachment of Clinostomum sp. (Digenea, Clinostomidae) to the oesophagus of the bird Ardea cocoi (Aves, Ardeidae). Parasite, 10(2):185-7.

Eiras, J.C. (1994). Elementos de ictioparasitologia. Porto: Fundação Eng. Antônio de Almeida. Esteves, K.E. (1996). Feeding ecology of three Astyanax species (Characidae, Tetragonopterinae) from a foodplain lake of Mogi-Guaçú River, Paraná River Basin, Brazil. Environmental Biology of Fishes, 46(1):83-101.

Froese, R. & Pauly, D. (Ed.). (2007). FishBase. Available from: . (cited: May 2007).

Fusco, A.C. (1980). Larval development of Spirocamallanus cricotus (Nematoda: Camallanidae). Proceedings of Helminthological Society of Washington, 47(1):63-71.

Garutti, V. & Britski, H.A. (2000). Descrição de uma espécie nova de Astyanax (Teleostei: Characidae) da bacia do alto do rio Paraná e considerações sobre as demais espécies do gênero da bacia. Comunicações do Museu de Ciências e Tecnologia PUCRS, Série Zoologia, 13(julho):65-88.

Gioia, I.; Cordeiro, N.S. & Artigas, P.T. (1988). Urocleidoides astyanacis n. sp. (Monogenea: Ancyrocephalinae) from freshwater characidians of the genus Astyanax. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 83(1):13-5.

Khalil, L.F.; Jones, A. & Bray, R.A. (Org.). (1994). Keys to the cestodes parasites of vertebrates. Cambridge: CAB International.

Kohn, A.; Fernandes, B.M.M. & Farias, M.F.D.B. (1997). Redescription of Prosthenhystera obesa Diesing, 1850 (Callodistomidae, Digenea) with new host records and data on morphological variability. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 92(2):171-9

Konh, A.; Fernandes, B.M.M.; Gibson, D.I. & Fróes, O.M. (1990). On the Brazilian species of halipegine genera (Trematoda: Derogenidae) from fishes, with new morphological data, hosts and synonyms. Systematic Parasitology, 16(3):201-11.

Lunaschi, L.I. (2001). Una espécie nueva del género Bacciger Nicoll, 1914 (Faustulidae) parásita de peces tetragonoptéridos de Argentina. Neotropica, 47(fascículo único):57-9.

Mackiewicz, J.S. (1988). Cestodes transmission patterns. The Journal of Parasitology, 74(1):60-71.

Moravec, F. (1998). Nematodes of freshwater fishes of the Neotropical region. Praga: Academia. Olsen, O.W. (1974). Animal Parasites. Baltimore: University Park Press.

Pavanelli, G.C.; Eiras, J.C. & Takemoto, R.M. (2002). Doenças de peixes: profilaxia, diagnóstico e tratamento. 2a. ed. Maringá: Ed. Universidade Estadual de Maringá. Rego, A.A. (1994). Order Proteocephalidea Mola, 1928, In: Khalil, L.F., Jones, A. & Bray R.A. (Org.) Keys to the Cestode Parasites of Vertebrates. Cambridge: CAB International. p.257-93.

Rego, A.A. (1997). Senga sp., ocurrence of a Pseudophyllid Cestode in a Brazilian freshwater fish. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 92(5):607.

Rego, A.A.; Chubb, J.C. & Pavanelli, G.C. (1999). Cestodes in South American freshwater teleost fishes: keys to genera and a brief description of species. Revista Brasileira de Zoologia, 16(2):299-367.

Schmidt, G.D. (1986) Handbook of tapeworm identification. Boca Raton: CRC Press. Scholz, T. (1999). Life cycles of species of Proteocephalus, parasites of fishes in the Paleartic Region: a rewiew. Journal of Helminthology, 73(1):1-19.

Skinner, R.H. (1982). The interrelation of water quality, gill parasites, and gill pathology of some fishes from South Biscayne Bay, Florida. Fishery Bulletin, 80(2): 269-80.

Sokal, R.R. & Rohlf, J.F. (1981). Biometry. New York: W.H. Freeman and Company. Thatcher, V.E. (1991). Amazon fishes parasites.

Amazoniana, 11(3/4):263-72.

Thatcher, V.E. (1993). Trematódeos neotropicais. Manaus: INPA. Torres, P.; Valdivieso, J.; Schlatter, R.; Montefusco, A.; Ravenga, J.; Marín, F.; Lamilla, J. & Ramallo, G. (2000). Infection by Contracaecum rudolphii (Nematoda: Anisakidae) in the Neotropical cormorant Phalacrocorax brasilianus, and fishes from the estuary of the Valdivia river, Chile. Studies on Neotropical Fauna and

Environment, 35(2):101-8.

Travassos, L.; Teixeira de Freitas, J.F. & Kohn, A. (1969). Trematódeos do Brasil. Memórias do Instituto Oswaldo Cruz, 67(fascículo único):1-886.

Vazzoler, A.E.A.M. (1996). Biologia da reprodução dos peixes teleósteos: teoria e prática. Maringá: Ed. Universidade Estadual de Maringá. Vianna, R.T.; Pereira Junior, J. & Brandão, D.A. (2003).

Ontogenetic variation of metacercariae of Clinostomum complanatum (Rudolphi, 1814) (Digenea: Clinostomidae). Comunicações do Museu de Ciências e Tecnologia PUCRS, Série Zoologia, 16(2):223-43.

Vicente, J.J. & Pinto, R.M. (1999). Nematóides do Brasil. Nematóides de peixes. Atualização: 1985-1998. Revista Brasileira de Zoologia, 16(3):561-610.

Vicente, J.J.; Rodrigues, H.O. & Gomes, D.C. (1985). Nematóides do Brasil 1a parte: Nematóides de peixes. Atas da Sociedade Biológica do Rio de Janeiro, 25(1):1-79.

Zar, J. H. (1996). Biostatical analisys. 3rd ed. New Jersey. Prentice Hall.

Publicado

2007-12-31

Cómo citar

Azevedo, G. B., Madi, R. R., & Ueta, M. T. (2007). Metazoários parasitas de Astyanax altiparanae (Pisces: Characidae) na Fazenda Rio das Pedras, Campinas, SP, Brasil. Bioikos – Título não-Corrente, 21(2). Recuperado a partir de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/bioikos/article/view/844

Número

Sección

Artigos