Levantamento da biodiversidade de amebas testáceas em sedimentos de lagoas artificiais de São Leopoldo, Rio Grande do Sul, Brasil
Palabras clave:
Abundância, Riqueza, Sazonalidade, TecamebasResumen
Como contribuição ao conhecimento sobre a ocorrência de amebas testáceas, o objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento sazonal da riqueza e abundância da fauna viva desses protozoários em três lagoas artificiais do campus da Universidade do Vale do Rio dos Sinos. Por estação do ano, foram coletadas e imediatamente fixadas em formoldeído a 10%, duas amostras de sedimentos superficiais de cada uma das lagoas (C2, C5 e C7). Verificou-se em cada ponto o pH, a temperatura e a espessura da lâmina d’água. Em laboratório, 10cm³ de cada amostra foram lavados em peneiras com malha 0,045mm de abertura, corados, secos em estufa e aspergidos em uma solução de tetracloreto de carbono. O material sobrenadante foi depositado em mini-placas de petri e analisado sob microscópio estereoscópico. Na lagoa C2 a dominância no verão foi de Centropyxis constricta f. aerophila e Difflugia urceolata; no outono, Centropyxis constricta e Difflugia corona; no inverno, Lesquereusia modesta e Difflugia corona, e na primavera, Centropyxis marsupiformis. Na lagoa C5 a espécie dominante foi Difflugia pyriformis, exceto no verão, quando houve a predominância de Cucurbitella mespiliformis var. africana. Na lagoa C7 Difflugia acuminata var. inflata dominou as assembleias salvo o inverno, em que a dominância foi de Difflugia pyriformis.
Descargas
Citas
Barbosa, C.F. (1995). Foraminifera e Arcellacea (“thecamoebia”) recentes do estuário de Guaratuba, Paraná, Brasil. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 67(4):465-92.
Boltovskoy, E. (1965). Los Foraminíferos recientes: biología, metodos de estudio, aplicación oceanografica. Buenos Aires: Editorial Universitaria.
Boltovskoy, E. & Lena, H. (1974). Tecamebas del Rio de La Plata. Buenos Aires: Armada Argentina Servicio de Hidrografia Naval.
Bonnet, L. (1974). Quelques aspects du peuplement thécamoebiens des sols des truffières. Protistologica, 10(3):281-91.
Brant-Ribeiro, A. (1970). Contribuição ao estudo das tecamebas do rio Piranga (Ponte Nova-MG) e ensaio mineralógico e granulométrico preliminar dos respectivos sedimentos e das condições hidrológicas da área de coleta. Boletim do Museu de História Natural da UFMG, Série Zoologia, 5:1-25.
Cavanagh, N.S.; Nordin, R.N.; Pommen, L.W. & Swain, L.G. (1998). Guidelines for designing and implementing a water quality monitoring program in British Columbia. Available from: <http://www.llbc.leg.bc.ca/public/PubDocs/bcdocs/323987/design_guidelines.pdf>. (accessed: 17 Sept. 2005).
Closs, D. (1962). Foraminíferos e tecamebas da Lagoa dos Patos (RS). Boletim da Escola de Geologia de Porto Alegre, 11:1-130.
Closs, D. & Madeira, M. (1967). Foraminíferos e tecamebas aglutinadas da Lagoa de Tramandaí, no Rio Grande do Sul. Iheringia, Série Zoologia, 35:7-31.
Closs, D. & Medeiros, U.F.M. (1967). Thecamoebina and Foraminifera from the Mirim Lagoon, Southern Brazil. Iheringia, Série Zoologia, 35:75-88.
Cunha, A.M. (1913). Contribuição para o conhecimento da fauna de protozoários do Brasil. Memória do Instituto Oswaldo Cruz, 5(1):101-22.
Cunha, A.M. (1916). Contribuição para o conhecimento da fauna de protozoários do Brasil. Memória do Instituto Oswaldo Cruz, 8(1):66-73.
Dabés, M.B.G.S. & Velho, L.F.M. (2001). Testate amoebae (Protozoa, Rhizopoda) associated to littoral aquatic macrophytes in a marginal lake of the São Francisco river, MG, Brazil. Acta Scientiarum, 23(2):299-304.
Decloitre, L. (1978). Le Genre Centropyxis I. Archiv Für Protistenkunde,120: 63-85.
Decloitre, L. (1979). Le Genre Centropyxis II. Archiv Für Protistenkunde,121:162-92.
Decloitre, L. (1982). Les genres Arcella, Centropyxis, Cyclopyxis, Euglypha, Nebela et Trinema. Compléments aux publications précédentes. Archiv Für Protistenkunde, 126:393-407.
Deflandre, G. (1926). Notes sur quelques Rhizopodes et Heliozoaires du Venezuela. Bulletin de la Societé Zoologique Française, 51:515-30.
Deflandre, G. (1929). Le Genre Centropyxis Stein. Archiv Für Protistenkunde, 67:322-75.
Dioni, W. (1970). Investigación preliminar de la estructura básica de las asociaciones de la micro y mesofauna de las raíces de las plantas flutuantes. Acta Zoologica Lilloana, 23:111-37.
Ferreira, F.; Leipnitz, I.I.; Leão, C.J. & Hansen, M.A.F. (2006). Tecamebas em sedimentos do rio Tramandaí e da Lagoa do Passo, planície costeira norte do Estado do Rio Grande do Sul, Brasil. GAEA, 2(2):65-74.
Gauthier-Lièvre, L. & Thomas, R. (1958). Les Genres Difflugia, Pentagonia, Maghrebia et Hoogenraadia (Rhizopodes testacés) en Afrique. Archiv Für Protistenkunde, 103(1-2):241-370.
Gauthier-Lièvre, L. & Thomas, R. (1960). Le Genre Cucurbitella Penard. Archiv Für Protistenkunde, 104(4):569-602.
Green, J. (1975). Freshwater ecology in the Mato Grosso, Central Brazil. IV. Associations of Testate Rhizopoda. Journal of Natural History, 9:545-60.
Hardoim, E.L. (1997). Taxonomia e Ecologia de Testacea (Protista, Rhizopoda) do Pantanal de Poconé - Rio Bento Gomes e Vazante Birici, Mato Grosso, Brasil. Tese, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Recursos Naturais, Universidade Federal de São Carlos.
Heal, O.W. (1964). Observations on the seasonal and spatial distribution of Testacea (Protozoa: Rhizopoda) in Sphagnum. Journal of Animal Ecology, 33:395-412.
Heckman, C.W. (1979). Rice field ecology in the northeastern Thailand: The effect of wet and dry seasons on a cultivate aquatic ecosystem. London: W. Junk Publishers.
Kumar, A. & Dalby, A.P. (1998). Identification Key for Holocene Lacustrine Arcellacean (Thecamoebian) Taxa. Available from: <http://www.uic.edu/orgs/paleo/homepage.html>. (accessed: 8 Nov. 2005).
Landa, G.G. (1997). Contribuição ao estudo da comunidade zooplanctônica em uma área sob influência de mineração na bacia do rio Jequitinhonha - MG. Bios, 5(5):69-80.
Lansac-Tôha, F.A.; Velho, L.F.M. & Bonecker, C.C.(1999). Estrutura da comunidade zooplanctônica antes e após a formação do reservatório de Corumbá-GO. In: Henry, R. (Ed.). Ecologia de reservatórios: estrutura, função e aspectos sociais. Botucatu: Fapesp. p.347-74.
Lansac-Tôha, F.A.; Velho, L.F.M.; Zimmermann-Callegari, M.C.; Bonecker, C.C. & Takahashi, E.M. (2001). On the ocurrence of testate amoebae (Protozoa, Amebozoa, Rhizopoda) in Brazilian inland waters. III. Family Difflugiidae: Genus Difflugia. Acta Scientiarum, 23(2): 305-21.
Leipnitz, I.I. & Aguiar, E.S. (2002). Foraminíferos recentes e fósseis. In: Dutra, T.L. (Org.) Técnicas e procedimentos de trabalho com fósseis e formas modernas comparativas. São Leopoldo: Unisinos. p.8-10.
Leipnitz, I.I.; Silva, J.L.L; Leipnitz, B.; Leão, C.J. & Ferreira, F. (2005). Amebas Testáceas em sedimentos quaternários do sistema lacustre de Três Lagoas, MS. GAEA, 1(2): 82-93.
Leipnitz, I.I.; Silva, J.L.L; Leão, C.J.; Ferreira, F. & Hansen, M.A.F. (2006). Amebas testáceas (Protozoa Rhizopoda) de ambientes límnicos do Parque Nacional da Lagoa do Peixe, RS, Brasil. GAEA, 2(2):47-58.
Madeira-Falcetta, M. (1974). Ecological distribution of the thecamoebal and foraminiferal associations in the mixohaline environments of the southern Brazilian littoral. Anais da Academia Brasileira de Ciências, 46(3-4): 667-87.
Magurran, A.E. (1988). Ecological diversity and its measurement. Princeton: Princeton University Press. Medioli, F.S. & Scott, D.B. (1983). Holocene Arcellacea (Thecamoebians) from Eastern Canada. Special Publication. Cushman Foundation for Foraminiferal
Research, 21:5-63.
Medioli, F.S. & Scott, D.B. (1988). Lacustrine thecamoebians (Mainly Arcellaceans) as potential tools for palaeolimnological interpretations. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, 62:361-86.
Medioli, F.S.; Scott, D.B.; Collins, E.S. & McCarthy, F.M.G. (1990). Fossil thecamoebians: present status and prospects for the future. In: Hemleben, C.; Kaminski, M.A.; Kuhnt, W. & Scott, D.B. (Ed.). Paleoecology, biostratigraphy and taxonomy of agglutinated foraminifera. Dordrecht: kluwer Academic Publishers. p.813-39.
Moraczewski, J. (1962). Différenciation écologique de la faune des Testace du littoral peu profonde du lac Mamry. Polskie Archiwum Hydrobiologii, 10(23): 333-53.
Mossmann, R.L. (1966). Levantamento sistemático e ecológico dos rizópodos do gênero Difflugia no Vale do Rio dos Sinos. Ciência e Cultura, 18(2):135-46.
Murray, J.W. (1967). An ecological study of the Thecamoebina of Christchurch Harbour, England. Journal of Natural History, 17(10):377-87.
Neto, E.V.S. (2001). Índices ecológicos de comunidades de Testacea (Protozoa: Rhizopoda) no Rio Cuiabá - perímetro urbano de Rosário Oeste, Mato Grosso. Dissertação, Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade, Universidade Federal de Mato Grosso.
Nunes, M.A.; Lansac-Tôha, F.A.; Bonecker, C.C. & Rodrigues, L. (1996). Composição e abundância do zooplâncton de duas lagoas do Horto Florestal Dr. Luiz Teixeira Mendes, Maringá, Paraná. Acta Limnologica Brasiliensia, 8: 207-20.
Odum, E.P. (1988). Ecologia. Rio de Janeiro: Guanabara.
Ogden, C.G. & Hedley, R.H. (1980). An atlas of freshwater testate amoebae. London: Oxford University Press. Ogden, C.G. & Ellison, R.L. (1988). The value of organic cement matrix in the identification of shells of fossil testate amoebae. Journal of Micropaleontology, 7(2): 233-40.
Oliveira, D. (1999). Análise ambiental dos canais da bacia hidrográfica do rio Itanhaém-SP, Brasil, com base em tecamebas e foraminíferos. Dissertação, Programa de Pós-Graduação em Geociências, Universidade Estadual Paulista.
Patterson, R.T.; Barker, T. & Burbidge, S.M. (1996). Arcellaceans (Thecamoebians) as Proxies of Arsenic and Mercury Contamination in Northeastern Ontario Lakes. Journal of Foraminiferal Research, 26(2):172-83.
Patterson, R.T. & Kumar, A. (2002). A review of current testate rhizopod (thecamoebian) research in Canada. Palaeogeography, Palaeoclimatology, Palaeoecology, 180:225-51.
Reinhardt, E.G.; Dalby, A.P.; Kumar, A. & Patterson, R.T. (1997). Utility of Arcellacean phenotypic variants as pollution indicators in mine tailing contaminated Lakes near Cobalt, Ontario, Canada. Micropaleontology, 43(3): 121-38.
Scott, D.B.; Medioli, F.S. & Schafer, C.T. (2001). Monitoring in coastal environments using foraminifera and thecamoebian indicators. Cambridge: Cambridge University Press.
Teixeira, M.B. (Org.) (2002). Plano ambiental de São Leopoldo: patrimônio natural e cultural e atividades sócio econômicas. Porto Alegre: MCT-PUC.
Tinoco, I.M. (1989). Introdução ao estudo dos componentes bióticos dos sedimentos marinhos recentes. Recife: Editora Universitária, UFPE.
Thomas, R. & Gauthier-Lièvre, L. (1959). Le genre Lesquereusia Schlumberger 1845 (Rhizopodes testtacés). Bulletin de la Société d’Histoire Naturelle de l’Afrique du Nord, 50:34-86.
Torres, V.S. & Jebram, D.H.A. (1994). Amebas testáceas ocorrentes na região de Porto Alegre, RS. Biotemas, 7(1/2):65-78.
Velho, L.F.M. & Lansac-Tôha, F.A. (1996). Testate amoebae (Rhizopodea, Sarcodina) from zooplankton of the High Paraná river floodplain, State of Mato Grosso do Sul, Brazil: II. Family Difflugiidae. Studies on Neotropical Fauna and Environment, 31 (3/4):179-92.
Velho, L.F.M.; Lansac-Tôha, F.A. & Bini, L.M. (1999). Spatial and temporal variation in the densities of testate amoebae in the plankton of the Upper Paraná River floodplain, Brazil. Hydrobiologia, 411:103-13.
Vucetich, M.C. (1972). Tecamebianos del eupleuston de cuerpos de agua de la provincia de Buenos Aires. Acta Zoologica Lilloana, 29:272-84.
Vucetich, M.C. (1973). Estudio de Tecamebianos Argentinos, en Especial los del Dominio Pampasico. Revista del Museo de La Plata, 11(108):287-332.
Vucetich, M.C. (1978). Nuevos aportes al conocimiento de los tecamebianos del dominio subtropical. Neotropica, 24(72):79-90.
Zucon, M.H. & Loyola e Silva, J. (1992). Distribuição espacial de foraminíferos e tecamebas do estuário do rio Piauí, Sergipe. Neritica, 7(1-2):57-69.
Wilmshurst, J.M.; Wiser, S.K. & Charman, D.J. (2003). Reconstructing Holocene water tables in New Zealand using testate amoebae: differential preservation of tests and implications for the use of transfer functions. The Holocene, 13(1):61-72.