A relação cristianismo-judaísmo problematizada em O Anticristo | The christianism-judaism relationship problematized in The Antichrist
DOI:
https://doi.org/10.24220/2447-6803v45e2020a4844Palavras-chave:
Autoconservação. Corrupção. História. Moral. Religião.Resumo
Este escrito procura elucidar o aforismo 44 de “O Anticristo”, em que Nietzsche parece assinalar a perspectiva de que a constituição do cristianismo primitivo seria a consequência de um andamento histórico em que, para a “comunidade inicial” cristã sobreviver e conservar-se, fez-se necessário um falseamento psicológico, moral e religioso de sua própria história, assim como antes fizeram os judeus no período de sua decadência nacional. Para a realização dessa tarefa, destacar-se-á o posicionamento de Nietzsche em “O Anticristo” em relação ao judaísmo histórico, à suposta corrupção psicológica, moral e religiosa operacionalizada pelos sacerdotes judeus no período pós-exílico que confluiria para a repetição histórica do método de autoconservação judeu por parte do cristianismo primitivo.
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