“O Messias sou eu”: Reflexões sobre o messianismo de Emmanuel Lévinas

Autores

  • Cristina Beckert

Palavras-chave:

Messianismo, subjectividade, responsabilidade, história

Resumo

Com este texto pretendemos apresentar a interpretação de Lévinas do messianismo judaico, em particular a versão rabínica do mesmo, em contraste com a versão popular ou apocalíptica, considerada, pelo autor, mais próxima de uma vivência primitiva do sagrado. Recorrendo aos Textes messianiques, procurámos, a partir deles, fundamentar a tese de um messianismo levinasiano, suportado pela identificação do Messias com a subjectividade ética enquanto sujeição à alteridade e responsabilidade infinita, expressa nas figuras do refém e da substituição a outrem. Paralelamente, intentou-se mostrar como a introdução de um tempo messiânico no devir histórico permite superar a dicotomia entre tempo e eternidade e conferir à história um sentido ético.

 

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Referências

LÉVINAS, Emmanuel. Totalité et Infini. Essai sur l’extériorité, La Hague, Martinus Nijhoff, 1984.

. “Textes messianiques”, in Difficile Liberté. Essais sur le judaïsme, Paris, Albin Michel, 1976.

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. L’au-delà du verset. Lectures et discours talmudiques, Paris, Minuit, 1982.

. Entre nous. Essai sur le penser-à-l’autre, Paris, Grasset, 1991.

MAIMÓNIDES, Moisés. Le livre de la connaissance, trad. do hebreu N. Prowetzky/A. Zaqui, Paris, PUF, 1985.

SCHOLEM, Gershom Gerhard. The messianic idea in Judaism and other essays on Jewish spirituality, New

York, Schocken Books, 1974.

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Publicado

2015-07-07

Como Citar

Beckert, C. (2015). “O Messias sou eu”: Reflexões sobre o messianismo de Emmanuel Lévinas. Reflexão, 33(94). Recuperado de https://seer.sis.puc-campinas.edu.br/reflexao/article/view/3029

Edição

Seção

Artigos