Paixão pelo mistério, paixão pelo mundo
DOI:
https://doi.org/10.24220/2447-6803v49a2024e13795Resumo
EPensar visceral e apaixonadamente o mistério e o mundo, no tempo da morte de Deus, eis a tarefa incansável de uma das teólogas mais potentes da cena teológica latino-americana contemporânea: Maria Clara Luchhetti Bingemer. Sua vasta obra tecida por fios tão distintos como a Teologia Fundamental, a Escatologia, a Antropologia Teológica, a Mística e a Teopoética, quando pensada no horizonte maior da tapeçaria que soube desenhar, torna visível um resultado gritante: mãos apaixonadas a teceram. Curiosamente, num texto em que comenta a reflexão que Simone Weil elabora sobre a importância dos mitos, pensadora à qual se dedicou ostensivamente, Maria Clara descreve a postura que o próprio mistério, por seu caráter de excesso, solicita: toda hermenêutica que procura acercar-se dele exige a contemplação. O mistério em seu cúmulo de sentido dá-se na carne-tecido do mundo. Por isso mesmo, exige um tipo de inquirição que, no caso específico de nossa teóloga, se traduz em uma atenção miniaturial. Sua reflexão teológica faz-se com a ponta dos dedos.
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