CIVILIZAÇÃO E CULTURA
GÊNESE DE UM CONFLITO Elementos para re-pensar os diagramas da prática estatal moderna
Resumo
Diferentemente de Kant e Nietzsche, para quem há conflito entre os conceitos de cultura e civilização, para Freud os dois termos significam a mesma coisa. Além disto ele não vê o Estado como produto da civilização contra a cultura. O Estado é uma das instituições da cultura e, como tal, faz parte das forças que devem proteger o homem contra a natureza. Mas o Estado não realiza corretamente a sua tarefa de civilização na medida em que exige dos indivíduos muitos sacrifícios sem a compensação adequada. Neste sentido ele se alia àquelas forças que a cultura tenta coibir a pulsão de morte e seus representantes, a pulsão agressiva e de destruição. Ele precisa, por conseguinte, ser reconduzido aos caminhos da Razão
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Referências
Norbert Elias. O Processo Civilizacional. Vol. I e II. Publicações Dom Quixote. Lisboa 1990. O Capítulo a que vamos nos referir leva por título: "Da sociogénese dos conceitos de Civilização e Cultura. "pp. 58-1 00. Vol. I.
op, cit. p. 59.
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op. cit. p. 32.
ibidem.
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Emmanuel Kant. Critique dela facultédejuger. Par. 83. "De la fin derniêre dela nature en tant que systême téléologique." Gallimard. Folio. France. 1989.
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Paul-Laurent Assoun. Freud y Nietzsche. FCE. México, 1984. Referimo-nos ao II capítulo do livro terceiro desta obra, intitulado: "Cultura y Civilización". pp. 216-235.
Federico Nietzsche. La voluntad de poderio, Edaf. Madrid, 1981.
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Friedrich Nietzsche. El ocaso de los ídolos. SigloVeinte, Bs. As. 1982.
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Fréderic Nietzsche. La naissance de la tragédie. D/Gonthier. France. 1979. Parágrafo 7. p. 51.
Nietzsche a la cultura, mientras que en el Tercer Reich, la reducida cultura tiene por finalidad la fuerza militar." p. 207.
Giorgio Colli. Despues de Nietszche. Anagrama. Barcelona. 1978.
op. cit. p. 39.
Friedrich Nietszche. La voluntad de poderío, op. cit,, Par, 330. p. 198.
ibid. p. 198
ibidem. p. 198.
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Sigmund Freud. Sobre una degradación general de la vida erótica. (1912), Aguilar, Madrid. Obras completas. 1973. Tomo II, pp. 1710-1717.
Este tema da recapitulação já estava presente em Freud em obras tais como na Interpretação dos sonhos de 1 9CX) e nos Três ensaios para uma teoria seuxal de 1905 Vide Lucille B, Ritvo. A influência de Darwin sobre Freud. Imago. 1992. Em especial o capítulo 5: "A Ontogenia recapitula a Filogenia." pp. 102-131 . Vide ibidem. ASSOUN Paul-Laurent. Introdução à epistemologia freudiana. Imago, 1 983. Em especial o último capítulo: "Da conformidade das linguagens ao inédito do objeto." pp. 213-243. Subcapítulo 3: "0 referente neo-darwinista. Freud e Haeckel."
Sigmund Freud. Totem e Tabu. Alguns pontos de concordância entre a vida mental dos selvagens e dos neuróticos. Ed. Standard Brasileira. Imago. vol. Xlll. 1976. p. 96.
Sigmund Freud. O futuro de uma ilusão, Edição Standard Brasileira. Imago 1976. p. 16.
Clément Rosset, A anti-Natureza. Espaço e Tempo, SP. 1989. "A ideia de natureza nunca foi pensada. mas somente oposta a uma certa quantidade de fatos, atitudes e acontecimentos que ferem a sensibilidade de alguns homens." p. 23.
Sigmund Freud, O Mal estar na Civilização. Edição Standard brasileira. Vol. XXI Imago. 1976.
Assoun. Freud y Nietszche. op. cit. p. 220.
Sigmund Freud, O Malestar na Cultura. op. cit, p. 170.
Sigmund Freud. Reflexões para os tempos de guerra e morte. Edição Standard brasileira. Vol. VIX. Imago. 1976.
Sigmund Freud. Por que a guerra? Edição Standard brasileira, Vol. XXII. Imago 1976. (Warum Krieg)
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