Identidade e memória na obra de Hugo de Carvalho Ramos
DOI:
https://doi.org/10.24220/2595-9557v2n2a4525Palavras-chave:
Contrabando cultural. Hugo de Carvalho Ramos. Literatura e Identidade. Tropas e Boiadas.Resumo
O presente artigo busca entender o processo de fruição e criação do escritor Hugo de
Carvalho Ramos na obra Tropas e Boiadas. Para essa tarefa, trabalhou-se com a hipótese
de que existe uma relação direta entre a memória individual do autor e a construção da
enunciação que tenha contribuído para a formação de sua própria identidade e de uma
identidade coletiva, desvinculada de quaisquer projetos políticos de cunho regionalista.
Por essa razão, dados biográficos foram combinados com uma análise literária que
dialoga com as noções de “fronteira” e “contrabando culturais”, inspirados nas noções
do sociólogo argentino Ricardo Kaliman e da crítica literária Léa Masina. Ambas as
noções também estão presentes na maneira pela qual se tentou fazer a Literatura
transitar entre as áreas da História e da Sociologia. Além disso, as reflexões sobre
questões que envolvem identidade, presentes em autores como Stuart Hall e Paul
Ricoeur, também contribuíram para uma análise transdisciplinar dos contos, causos,
lendas, mitos, ditados e provérbios que esporadicamente emanam as vivências,
experiências, linguagens e o conhecimento do autor sobre uma região afastada e
fronteiriça como a do sertão de Goiás.
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Referências
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