Arte da memória e arquitetura | The art of memory and architecture
DOI:
https://doi.org/10.24220/2595-9557v1n2a4416Palavras-chave:
Arquitetura. Espaços. Mnemônica. Processos.Resumo
A questão da Arte da Memória, e de sua relação com uma abordagem espacial, bem como o resgate dessa Arte como referência para projetos contemporâneos são centrais em nossa pesquisa. Para tanto, faz-se necessário entender o caminho que a Arte da Memória percorreu, desde o seu surgimento, até os dias atuais. Com isso, tentaremos responder: quais foram suas origens? Como se deu sua relação com os espaços, com a Arquitetura? Numa tentativa de responder a essas questões, nos propomos, neste artigo, a apresentar a Arte da Memória, desde suas origens, como mnemônica ou técnica de memorização, e seu entendimento enquanto “Arte”. Essa construção representa o embasamento, os pilares de uma construção que se inicia na Antiguidade Clássica, com o “efeito Simônides” e os modelos mentais (virtuais) de memorização, seguindo pela Idade Média, onde esses modelos passam a ser construídos, se materializam, sob os preceitos da Arquitetura Gótica. Com essa construção, pretendemos fornecer as bases para o entendimento da Arte da memória e seus desdobramentos no Renascimento em direção a uma apropriação contemporânea da Arte da Memória.
Downloads
Referências
ABBAGNANO, N. Diccionário de Filosofia. México: Fondo de Cultura Econômica, 1986. p.810.
ABRÃO, B.S. (Org.). História da Filosofia. São Paulo: Editora Nova Cultural, 2004. p.105.
ARISTÓTELES. Da lembrança e da rememoração. Cadernos de História e Filosofia da Ciência, Série 3, v.12, n. especial, 2002. p.253.
ARISTOTLE. Rhetoric: Written 350 B.C.E. Cambridge: The Internet Classics, c1994. Book I, Part 1. Available from: <http://classics.mit.edu/Aristotle/rhetoric.1.i.html>. Cited: July 12, 2007.
CARRUTHERS, M.J.; ZIOLKOWSKI, J.M. (Ed.). The Medieval Craft of Memory: An anthology of texts and pictures. Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 2002. p.253.
CICERO, M.T. De Oratore. Cambridge: Cambridge University Press, 1988. p.467. (Cicero in twenty-eight volumes, v.3, Books I, II).
GLANVILLE, R. Mapping Realities. Architectural Association Quarterly, v.12, n.4, p.20-31, 1980.
KURY, M.G. Dicionário de mitologia grega e romana. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1990.
LE GOFF, J. História e memória. 5. ed. Campinas: Unicamp, 2003. p.433-444.
LÉVY, P. As tecnologias da inteligência: o futuro do pensamento na era da informática. São Paulo: Editora 34, 2001. p.40. (Coleção TRANS).
MAROT, S. Sub-Urbanism and the art of memory. London: Architecture Association, 2003. p.16.
PANOFSKY, E. Arquitetura Gótica e Escolástica: sobre a analogia entre arte, filosofia e teologia na Idade Média. São Paulo: Martins Fontes, 1991. p.12-42.
ROSARIO, C.C. O lugar mítico da memória. Morpheus: Revista Eletrônica em Ciências Humanas, ano 1, n.1, 2002. Não paginado. Disponível em: <http://www.unirio.br/cead/morpheus/Numero01-2000/claudiarosario.htm>. Acesso em: 29 nov.
ROSSI, P. A chave universal: artes da memorização e lógica combinatória desde Lúlio até Leibniz. Bauru: EdUSC, 2004. p.42-50.
YATES, F.A. Architecture and the art of memory. Architectural Association Quarterly, v.12, n.4, p.4-13, 1980.
YATES, F.A. The art of memory. Chicago: The University of Chicago Press, 1984. p.2-89.
ZUMTHOR, P. A letra e a voz: A “literatura” medieval. São Paulo: Companhia das Letras, 2001. p.141.