Por onde anda o verbo? | Where is the verb?
DOI:
https://doi.org/10.24220/2595-9557v1n1a4175Palavras-chave:
Escrita. Hipermídia. Hipertexto. Tradutor Google. Transmídia. Videotexto.Resumo
A história da linguagem escrita é milenar. Para a discussão pretendida neste artigo, o recorte temporal é muitíssimo mais modesto: a linguagem que opera com o código alfabético ocidental e as transformações por que vem passando desde a emergência da era digital. O objetivo deste artigo, portanto, é seguir pari passu as aceleradas modificações na natureza mesma da escrita, desde que ela saltou do papel para a tela eletrônica. Os marcos dessas transformações encontram-se pioneiramente no videotexto, dos anos 1980, então nas primeiras mensagens produzidas e arquivadas na memória do computador e aquelas enviadas pela Internet. Dos anos 1990 em diante, instaurou-se o hipertexto e, sequencialmente, a hipermídia, seguida pela transmídia. Hoje, se está no ponto de encontro entre a escrita e a Inteligência Artificial. Esse ponto de encontro é aqui discutido por meio do exemplo do nível de desenvolvimento da tradução automática de textos de uma língua a outra.Downloads
Referências
BENJAMIN, W. A obra de arte na era da reprodutibilidade técnica. São Paulo: Abril Cultural, 1975. (Os pensadores, 48).
BOLTER, J.D. Writing space: The computer, hypertext, and the history of writing. Hillsdale: Lawrence Erlbaum, 1991.
BOLTER, J.D. Writing space: Computers, hypertext, and the remediation of print. New Jersey: Lawrence Erlbaum, 2001.
BRAGA, A. Design de Interface: as origens do design e sua infl uência na produção da hipermídia. 2004. 187 f. Dissertação (Mestrado em Comunicação e Semiótica) — Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
CHARTIER, R. (Org.). Práticas da leitura. São Paulo: Estação Liberdade, 1996.
CHARTIER, R. (Org.). A ordem dos livros: leitores, autores e bibliotecas na Europa entre os séculos XIV e XVIII. Brasília: Editora UnB, 1998a.
CHARTIER, R. (Org.). A aventura do livro: do leitor ao navegador. São Paulo: Unesp, 1998b.
DELANY, P.; LANDOW, G.P. (Ed.). Hypermedia and literary studies. Cambridge: MIT Press, 1991.
DELANY, P.; LANDOW, G.P. (Ed.). The digital word: Text-based computing in the humanities. Cambridge: MIT Press, 1993.
JAKOBSON, R. Linguística e comunicação. São Paulo: Cultrix, 1975. p.65.
JENKINS, H. Cultura da convergência. São Paulo: Aleph, 2008.
KORBUT, D. Machine learning translation and the Google Translate algorithm: The basic principles of machine translation engines. [S.l.]: DZone, 2017. Available from: <https://blog.statsbot.co/machine-learning-translation-96f0ed8f19e4>. Cited: Dec. 30, 2017.
LANDOW. G. P. Hyper/Text/Theory. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 1994.
LANDOW, G.P. Hypertext 2.0. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 1997.
LANDOW, G.P. Hypertext 3.0: Critical theory and new media in an era of globalization. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2006.
McLUHAN, M. Galáxia de Gutenberg. São Paulo: Cutrix, 1971.
PLAZA, J. Videografi a em videotexto. São Paulo: Hucitec, 1986.
SANTAELLA, L. Cultura das mídias. São Paulo: Experimento,1996.
SANTAELLA, L. Da poesia concreta à ciberpoesia. In: SANTAELLA, L. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2010a. p.329-352.
SANTAELLA, L. O texto em ambientes de hipermídia. In: SANTAELLA, L. Linguagens líquidas na era da mobilidade. São Paulo: Paulus, 2010b. p.299-328.
SANTAELLA, L. Comunicação ubíqua: repercussões na cultura e na educação. São Paulo: Paulus, 2013.
SANTAELLA, L. Inteligência Artifi cial (IA): a nova era do universo digital. São Paulo: Sociotramas, 2017. Disponível em: <https://sociotramas.wordpress.com/2017/10/16/inteligencia-artificial-ia-a-nova-era-do-universo-digital/>. Acesso em: 10 jan. 2018.
SCHUSTER, M.; JOHNSON, M.; THORAT, N. Zero-Shot Translation with Google’s Multilingual Neural Machine Translation System. [S.l.]: Gloogle AI Blog, 2016. Available from: <https://research.googleblog.com/2016/11/zero-shot-translation-with-googles.html>. Cited: Dec. 30, 2017.
STEINER, G. Depois de Babel: questões de linguagem e tradução. Curitiba: Editora UFPR, 2005. p.72.
STENGERS, I. No tempo das catástrofes. São Paulo: Cosac e Naif, 2015.