OS MEIOS DE COMUNICAÇÃO DE MASSA
FORMAÇÕES DISCURSIVAS NA PERPETUAÇÃO DO CAPITAL
Palavras-chave:
meios de comunicação de massa, consumo, formações discursivasResumo
Nossa reflexão volta os olhos para o uso das formações discursivas pelos meios de comunicação de massa -transformados em empresas, cada vez mais monopolizadas - como um aliado no estímulo ao consumo, portanto, na perpetuação da lógica de produção no sistema das mercadorias. Discutiremos como os meios de comunicação de massa, sejam a partir da publicidade, sejam a partir do jornalismo, apegam-se a formações discursivas que mexem com o nosso emocional para nos convencer a consumir. Compreendendo, ainda, que somos nós que construímos a linguagem e nos constituímos a partir dela, estando ela presente como mediadora das relações sociais e ainda como elemento constituidor das relações em sociedade, refletiremos como os meios de comunicação de massa se apropriam das reminiscências emotivas, oriundas do significado das palavras (matéria-prima das formações discursivas), para estimular o consumo e, consequentemente, o mercado e o sistema que o mantém: o capitalismo.
Referências
BAGDIKIAN, Bem H. O Monopólio da Mídia. Boston: Beacon Press, 1990.
BAUDRILLARD, Jean. Simulacros e Simulação. Lisboa/Portugal: Relógio D' Água Editora, 1991.
BRANDÃO, Helena H. Nagamine. Subjetividade, argumentação, polifonia. A propaganda da Petrobrás. São Paulo: Editora da UNESP, 1998.
CANCLINI, Nestor García. Consumidores e Cidadãos - Conflitos multiculturais da globalização. Rio de Janeiro: Editora UFRJ, 2001.
CASTRO, Maria Lília Dias de. Estratégias de um Texto Publicitário. ln: Mídia, Textos & Contextos. Porto Alegre: EDIPURCRS, Coleção Comunicação, 2001.
COLETIVO DE AUTORES. A Função Política da Imprensa, artigo de Imprensa e Capitalismo. São Paulo: Kairós Livraria Editora, 1984. Organizador: Ciro Marcondes Filho.
FERRARA, Lucrecia D'Alessio. Olhar Periférico - Informação, Linguagem, Percepção Ambiental. São Paulo: EDUSP/FAPESP.
GOHN, Maria da Glória. Mídia, Terceiro Setor e MST- Impactos sobre o Futuro das Cidades e do Campo. Petrópolis: Vozes, 2000.
MAFFESOLI, Michel. A Comunicação Sem Fim (Teoria pós-moderna da comunicação). Porto Alegre: Revista FAMECOS, n 20, 2003.
MAINGUENEAU, Dominique. Análise de Textos de Comunicação. São Paulo: Editora Cortez, 2001.
Cortez, 2001.
MARCONDES FILHO, Ciro. Imprensa e Capitalismo, artigo de Imprensa e Capitalismo. São Paulo: Kairós Livraria Editora, 1984. Organizador: Ciro Marcondes Filho.
MORGADO, Fernando. Os maiores gntpos de comunicação do Brasil. Disponível em
http://televisionado.wordpress.com/2008/06/27 /os-maiores-grupos-de-comunicacao-do-brasil/ Acesso em dezembro de 2008.
RÜDIGER, Francisco. A Escola de Frankfurt. Teorias da Comunicação - conceitos, escolas e tendências. 3. ed. Petrópolis: Vozes, 2003. Organizadores: Antonio Hohlfeldt, Luiz C. Martino Vera Veiga França.
SANTOS, G.F.C. A formação dos gêneros discursivos. ln: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS DA COMUNICAÇÃO, 29., 2006, Brasília. Anais ... São Paulo: lntercom, 2006. Disponível:
www.intercom.org.br/papers/nacionais/2006/resumos/R1082-l.pdf Acesso em 03 de maio de 2009.
SEVERIANO, Maria de Fátima Vieira. Narcisismo e Publicidade: uma análise psicossocial dos ideais do consumo na contemporaneidade. 1. ed. São Paulo: Anna Blunié Editora, 2001.
VILELA, Edviges Marlene Paranaíba. Fábula de Millôr Fernandes: o desmantelamento de uma ideologia. Unicor. Disponível: http://www.filologia. org.br/vicnlf/anais/cademo03- 07.html Acesso em 03 de maio de 2009.